Fernando Braga, Rossini Corrêa e Alberico Carneiro, três nomes de proa da Literatura
“Betinho, a Cadeira que disputo é a de Waldemiro Viana; a de Cabral Marques está sendo disputada pelo ministro do STJ, Reynaldo da Fonseca, e Rossini Corrêa disputa a de Mílson Coutinho. O poeta e compositor Salgado Maranhão não é candidato. Grato pela nota. Conserta esses pontos! Um grande abraço, FB.”
Respondi, em cima da bucha, ao poeta e ensaísta e crítico literário, com nomeada no Brasil, Portugal e países de língua espanhola, sempre com exaltação ao nosso pago, em que se insere os Apicuns de Erasmo Dias, assim: Caro Fernando, podes deixar! No próximo Sotaque da Ilha, haverá a retificação! A AML, certamente, na primeira de copas, conduzirá, aos umbrais da imortalidade, o imenso poeta e compositor caxiense, com a ostentação de livros que dignificam, realmente, a Literatura Maranhense e a Brasileira, qual você e Rossini. Até então, o grande irmão de alma são-luisense disputaria a de n.º 38, e tua torcida aqui não perdia a tua luminosidade à Casa de Antônio Lobo. Agora, certamente, não terão (você e Rossini) concorrentes de proa, quando menos! Com meu abraço, votos de sucesso! P.S.: Fazes, com uma certa urgência, numas duas laudas, a apresentação do As Vozes do Sobrado Maia (Por Dentro dos Apicuns do Ás Nego Lápis ao Genial Jornalista e Escritor Erasmo Dias), e podes falar do menino da Madre de Deus, que, afilhado, chegou, na Rua do Apicum, para ser filho de criação querido do Seu Menino, e fazer nome no Jornalismo e Literatura nativos, com diversos prêmios nos dois. No mais, você é autoridade nos Apicuns, desde as Ingazeiras! O prefácio vou passar para Benedito Buzar, com a solicitação de ser mecenas para dar à luz o título memorável. Farei matéria jornalística retumbante da tua apresentação e do prefácio de Buzar, por ser honra ao mérito, algo que não aprecio perder de vista. A obra consta de crônicas, poemas e contos! Saiu na coluna do PH, na semana passada, a possível candidatura de Salgado Maranhão, e o colunista telúrico que não é de errar em sua página preciosa! Daí por que, poderemos contar como certo, que Salgado Maranhão, naquele sodalício, será uma questão de honra e de cadeira vaga à vista!
A esta altura do campeonato, conferi ensimesmado, tintim por tintim, os ganhos e as perdas da AML, desde que vibramos nos Apicuns, em 1972, com o ingresso de Erasmo Dias, ali, e mais com a minha chegada à Revisão Literária do Serviço de Imprensa e Obras Gráficas do Estado (Sioge), ou seja, no Serviço Público Estadual, em 10.12.1975. Éramos Felizes, e não Sabíamos, com: Josué Montello, Bernardo Almeida, Carlos Cunha, Erasmo Dias, Jomar Moraes, Nascimento Morais Filho, Dagmar Destêrro e Silva, José Chagas, Ubiratan Teixeira, Manuel Lopes, Mário Meirelles, Domingos Vieira Filho. Há pouco, Waldemiro Viana e Mílson Coutinho, dois dos últimos alterosos da Casa de Antônio Lobo, no romance e na historiografia do berço. Daí por que, fã dela, apressei-me na louvação às candidaturas de Fernando Braga, Rossini Corrêa e Salgado Maranhão, e nessa elevação de cimeiros ao nome de Alberico Carneiro, que muito também a engrandeceria.
Com uma portentosa bagagem de serviços prestados à Educação e à Cultura do nosso Estado, poeta, prosador, professor da Língua Portuguesa e da Literatura, Alberico carneiro nasceu em Primeira Cruz, em 15.5.1945, e tornou-se logo, em São Luís, uma figura emblemática para o fazer autoral e intelectual do Maranhão. Possui obras alterosas, como Diário de um Alcóolatra, O Jogo das Serpentes, O Andrógino, e a grandeza indígena de projetar (com parceria do saudoso jornalista, poeta e prosador Jorge Nascimento, recentemente desaparecido) o suplemento cultural do Diário Oficial do Sioge, Vagalume, na década de 1980 até o início dos anos de 1990, diversas vezes campeão, dentre seus congêneres das imprensas oficiais do País. Com o lastimável, desenlace do Sioge, que subsidiou muito para que a Inteligência timbira fosse elogiada pela Academia Brasileira de Letras e União Brasileira de Escritores, AC vai dar a lume, nos anos 2000, o também celebrizado Guesa Errante (apêndice do Jornal Pequeno), quando recebeu todo apoio da diretora do JP, Josilda Bogéa Anchieta. Tomara que ressurja!
Atenas Brasileira, por essas e outras! — Como o inesquecível Jomar Moraes (ensaísta e editor de mão-cheia, ex-presidente da AML, com quem trabalhei muitos anos no Sioge, aquele administrador da então autarquia estadual, que publicava livros de autores consagrados e insuflava o surgimento de novos talentos, com seu Plano de Ação Cultural do Sioge-PACS), sem ser saudosista piegas, tampouco decadentista, creio que o sucesso de Atenas Brasileira para o Maranhão não sofreu, com o passar do tempo, solução de continuidade. Antes com o Grupo Maranhense (Gonçalves Dias, Sotero dos Reis, João Lisboa, Odorico Mendes, etc.); com os liderados pelos autores e polemistas José do Nascimento Moraes e Antônio Lobo (um dos criadores da Academia Maranhense de Letras também chamada por seu nome); a seguir, no exílio, com Graça Aranha, Coelho Neto, Humberto de Campos, e Viriato Correia; mais tarde, com Odylo Costa, filho, Josué Montello, Oswaldino Marques, Franklin de Oliveira, Lago Burnett e Manoel Caetano Bandeira de Mello, constelação nacional em que brilharia a estrela de Erasmo Dias, se não se insulasse em São Luís, qual ficaram Nascimento Morais Filho, José Chagas, Bernardo Almeida, Nauro Machado, e Carlos Cunha, que não seguiram para o Sudeste, que nem José Louzeiro e Ferreira Gullar, poeta maior, este que chegou à imortalidade da Academia Brasileira de Letras, em 2014.
Sem sofrer solução de continuidade mesmo! — Atualmente, temos, longe do pago, na prosa e no verso reluzentes, anotados, Fernando Braga, Rossini Corrêa, Salgado Maranhão, Ricardo Leão, Lenita de Sá, Viriato Gaspar, com obras e críticas portentosas e como enalteço em Brilhantes no Tempo de Cada Um (São Luís em Verso, Prosa e Quatrocentona); e estes que ficaram no torrão e ainda vivos para contar a nossa História, entre acadêmicos e não acadêmicos: “Lucas Baldez, Alberico Carneiro, José Maria Nascimento, Luiz de Mello, Luís Augusto Cassas, Ceres Costa Fernandes, Ronaldo Costa Fernandes, Alex Brasil, Arlete da Cruz Machado, José Neres, Ivan Sarney, J. Ewerton Neto, Dilercy Adler, Wilson Martins, Roberto Kenard, Wybson Carvalho, e as poetisas Wanda Cunha, Laura Amélia Damous, Lúcia Santos, Rita de Cássia Oliveira, Dinacy Mendonça Corrêa, etc.
Os maiores que não foram dela! — Fernando Moreira, Bandeira Tribuzi e Nauro Machado. Sem mais detalhes, para o momento!