Nas três últimas semanas, estamos acompanhando, a cada passo, a preocupação de boa parte da população de São Luís para com o destino do memorável Abrigo do Largo da Igreja do Carmo, com a revitalização que vem sendo efetuada no espaço que se insere ainda na Praça João Lisboa e adjacência. Todos se acham na torcida, para que o ponto histórico permaneça com sua atividade comercial, principalmente, os donos dos boxes, e sua freguesia cativa, em quase 70 anos de atividade ininterrupta, que vai de comerciários, relojoeiros, ourives, ambulantes, gráficos, jornalistas, escritores, transeuntes, e até os poucos que, estranhamente, depois de bem-servidos, tornaram-se os piores depreciadores do Abrigo, querendo lhe ver no chão, ou com sua memorial presença, partindo desta pra melhor.
Na recapitulação do que ensejou à restauração do espaço tradicional ludovicense , temos que foi assinada, na manhã de 3 de março de 2020, a ordem de serviço que autoriza o início das obras de reabilitação urbana do conjunto tombado da Praça João Lisboa e Largo do Carmo, no Centro de São Luís (MA). Com projeto elaborado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), as obras seriam executadas pela prefeitura do município, com recursos próprios. Os bens integram a área tombada pelo Iphan como Patrimônio Cultural do Brasil e é reconhecida pela Unesco como Patrimônio Mundial.
O objetivo das intervenções é reabilitar a praça e o largo, que formam um dos principais eixos viários do Centro Histórico da capital maranhense, melhorando a mobilidade do centro e seu entorno. A região consolidou-se como referência urbana, portando diferentes atividades de lazer, comércio e cultura, transformado em um pequeno centro comercial, ou seja, o Abrigo do Largo do Carmo.
Foi assim que ilustres maranhenses se posicionaram pela permanência do memorial, na consideração da maranhensidade até de que foi frequentado por jornalistas, poetas, professores e prosadores, da extensão de Amaral Raposo, Bandeira Tribuzi, Carlos Cunha, Erasmo Dias, Bernardo Almeida, Nauro Machado, além da fonte de boa renda de comerciantes, com seus boxes, há 69 anos. Repetimos: é um bom atendimento, em lanche, refeição, cafezinho, caldo de cana, para relojoeiros, ourives, ambulantes, comerciários, transeuntes e muita história para contar, quanto à da Greve de 1951!
Agora, outros jornalistas, poetas prosadores, gráficos, músicos, radialistas, também levantaram a voz em defesa permanente do Abrigo do Largo do Carmo, e criaram o Comitê de Defesa do Centro Histórico de São Luís. Estão com o espírito imortal de Gonçalves Dias, pois nada é mais lutador por causas maiores e nobres que “A vida é combate, que os fracos abate, que os fortes, os bravos só pode exaltar!”
É certo que revitalizar uma praça com apenas bancos e árvores não trará nenhum benefício para os moradores do centro e tão pouco para os comerciantes da área, pelo contrário, apenas para passeios de pessoas nos finais de semana, o que tornaria o centro um espaço fantasma com o passar do tempo.
O abrigo consequentemente dará e sempre deu este movimento, sendo até espaço de alimentação a preço acessível para trabalhadores que tiram seus sustentos nos milhares de comércios existentes nos arredores, assim como de famílias que nunca abandonaram suas raízes.
Praças com árvores e bancos irão apenas fazer do local um ponto de passeio para visitantes e principalmente para aqueles que esqueceram suas origens e vivem nos romantismo poético da velha São Luís
O que se precisa fazer é um trabalho sério nas galerias subterrâneas, uma reforma com aspecto moderno no abrigo e uma responsabilidade para com a conservação do ambiente, numa parceria entre munícipio, comerciantes e Iphan e não apenas reformar e jogar a responsabilidade nos ombros dos outros.
Já vimos o exemplo da Praça da Alegria e da Praça Deodoro reformadas recentemente, e que guardam em seus entornos as marcas do abandono e da falta de segurança.
Que o Abrigo do Largo do Carmo possa ter as mesmas condições dadas a outros espaços de utilidade pública, para ser sempre uma referência na história por seus quase 70 anos e na imaginação daqueles que ainda guardam na lembrança as noites memoráveis e poéticas desta tão bela, exaltada, celebrada e louvada São Luís.
Parabéns pela EXCELÊNTE matéria.
Se DEUS quiser teremos em São Luís um PREFEITO gestor com competência para administrar São Luís. O nome dele é Carlos MADEIRA.
São Luís não pode cair nas mão de um dos MENUDOS.
MADEIRA NELES!!!