Com a crise do coronavírus, o ministro LUIZ HENRIQUE MANDETTA, filiado ao DEM, de Rodrigo Maia (RJ), Presidente da Câmara, vem ganhando os holofotes dia a dia e tem despertado as atenções do Palácio do Planalto, da classe política e da população.
Ao contrário dos tempos de Congresso, quando tinham afinidade na oposição ao PT, Bolsonaro e Mandetta, agora, parecem bater cabeça. O presidente tem se queixado de que, muitas vezes, o discurso de Mandetta provoca pânico na população e cobra a mudança de tom.
Na prática, até a eclosão da pandemia, o ministro da Saúde estava escanteado na equipe e sempre saía pela tangente quando era abordado sobre assuntos polêmicos. Trata-se de uma estratégia que não garante pontos com Bolsonaro, já que o presidente prefere perfis que compram brigas e partem para o enfrentamento político. Mas afinal quem é esse ilustre desconhecido?
Mas essa desenvoltura do ministro é puramente de médico preocupado com a pandemia ou tem outros interesses políticos? Essa é a pergunta que todos fazem. Mas a oposição alimenta e banca a discórdia através de intrigas na mídia que de pires não mãos corre atrás de dinheiro.
Mandetta começou a carreira política no MDB, em 2005. Naquele ano, ele assumiu a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (MS), cidade onde nasceu. Em 2010, deixou o cargo, trocou o MDB pelo DEM e concorreu a deputado federal. Foi reeleito em 2014, mas não disputou novo mandato quatro anos depois.
Mandetta integra o triunvirato de ministros do DEM no governo: Tereza Cristina (Agricultura) e Onyx Lorenzoni (Cidadania) também são filiados ao partido. Para chegar à Esplanada, ele contou com forte apoio dos dois – à época, Onyx havia sido indicado para a Casa Civil –, e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).
Quando foi convidado para ingressar no ministério, ele avisou Bolsonaro de que era investigado por suposta fraude em licitação, tráfico de influência e caixa dois. A suspeita é de que Mandetta tenha influenciado na contratação de uma empresa em 2009, quando era secretário da Saúde de Campo Grande, para gestão de informações na área. Em troca, ele receberia favores em campanha eleitoral. O Ministério da Saúde repassou R$ 8,16 milhões ao contrato. E a prefeitura, R$ 1,81 milhão.
Segundo uma ação de 2015, movida pela Procuradoria de Campo Grande, o serviço não foi entregue. O mesmo documento afirma que o município teve de devolver à União R$ 14,8 milhões. Mandetta sempre contestou a acusação.
Até a reunião que confirmou Mandetta na pasta do Ministério da Saúde, parece que o governo havia caído numa cilada.O Ministro não estava obedecendo as ordens do Presidente em temas que envolvem centenas de vidas.
Lendo a coluna de André Luís Cardoso, blogueiro, deparei-me com uma interessante postagem. Segundo ele “NEGOCIOS COM A CHINA PODE TER VIRADO A CABEÇA DE MANDETTA”. E de onde ele tirou tudo isso? De uma blogueira anti-comunista, Cyndi Gutlungen Barros, que resumiu, segundo ele, essa estranha disputa entre Bolsonaro e Mandetta. E esses textos nós vamos também reproduzir para que os leitores e leitoras tirem as suas conclusões. Diz Cynti que “Essa virada do Caiado, outra decepção, não foi à toa; e Mandetta é da turma dele, até nos negócios. São donos de terras na região de Goiás onde há terras raras, por exemplo; e dessa região, eu entendo”.
– Cyndi nos lembra que “Mandetta não era a favor do isolamento social e defendia a HIDROCLOROQUINA até o dia 15 de março de 2020. Falava em proteger os mais velhos e ter bom senso”. Até aqui, o formigão tinha só seis patas e não se parecia em nada com uma vespa.
A partir do dia seguinte, Mandetta desceu e parece ter andado pelos túneis de valores e desvalores políticos e econômicos: ofertas ou ordens subterrâneas podem ter sido a causa de sua opinião se modificar e tornar-se contrária à diretriz do Presidente. Porque ele saiu do formigueiro com asas: “virou quarentenista, deixou de falar do remédio (HCQ)” que pode salvar vidas – e é isso que já tem feito, inclusive salvando o médico do inimigo Doria – “e do isolamento vertical que os epidemiologistas defendem”.
Cyndi diz ainda ‘’desconhecer as suas terras e a oferta que ele teria recebido, apesar de enxergar como irreconciliável o não uso da HCQ e seu posicionamento de abster-se dela.Todavia, antes da gente continuar, vamos explicar o que são “terras raras”.
‘’Não se trata de terras difíceis de serem encontradas como o nome parece sugerir, e sim que contém elementos de minerais de grande importância econômica e tecnológica. Porém, podem ser também ricas em novidades para a ciência. Quer exemplos? No Amazonas, o Brasil descobriu um pedra que estamos chamando de “waimirita”: mineral rico em ítrio, um elemento de terra rara; o primeiro fluoreto descrito no Brasil e o primeiro mineral descoberto no estado do Amazonas. Temos ainda o caso do cério, descoberto na região de Poços de Caldas, em Minas Gerais. E a “parisita”, com composição predominante em lantânio, em Novo Horizonte, Bahia’’.
Arremata a blogueira dizendo que a ‘’China está de olho em tudo isso e muito mais. Especialmente nas regiões já mapeadas como regiões de terras raras. De acordo com Hermi de Brito, professor do Instituto de Química da USP e especialista no estudo dos elementos terras raras, estes possuem utilidade nos mais diversos campos tecnológicos’’.