Como não poderia deixar de ser, a pandemia do Novo Coronavírus alterou as celebrações da Semana Santa, assim como afetará a festividade de domingo da Páscoa, e, particularmente, em São Luís, não teremos, na noite sábado de Aleluia, os primeiros ensaios dos bumba-bois, os de matraca, ou do Sotaque da Ilha. O papa Francisco deu o tom da mudança, no domingo da tradicional missa de Ramos, que abre as celebrações da Semana Santa, em Roma. Com as medidas de restrições adotadas para evitar a propagação do coronavírus, não só a Praça São Pedro como também a Basílica de São Pedro, estavam praticamente vazias, sem a presença do público.
Com o anunciado pela Igreja católica, Brasil afora, as missas são transmitidas, em tempo real, por redes sociais, e boa parte da quaresma, período de 40 dias que antecede à páscoa, está sendo em quarentena. Apesar do isolamento social, os fiéis não estão ficando sem missas. Elas estão sendo transmitidas ao vivo pelos meios de comunicação das arquidioceses e redes sociais, e são consideradas adaptações necessárias em tempo de pandemia, mas que não fazem a fé e a oração perderem força, falam os sacerdotes por uma só voz.
Por força da Codiv-19, a Via-Sacra do Anjo da Guarda, que aconteceria na quinta e sexta-feira santa (hoje), será realizada entre os dias 11 e 12 de setembro, em comemoração ao aniversário de São Luís. O Grupo Grita, que é responsável pela encenação do espetáculo, por medida de segurança decidiu adiar a 39° edição do espetáculo que estava prevista para este mês de abril.
Por sua vez, o Ministério da Saúde enviou aos governos estaduais um plano de transição para a retomada das atividades no País após o fim da quarentena de combate ao coronavírus. O documento prevê que medidas restritivas deverão ser adotadas até junho. A reabertura de escolas e universidades, por exemplo, não está prevista de antes do fim de abril, com possibilidade de ocorrer apenas em maio. O plano também recomendou a proibição de atividades públicas como cultos religiosos, cinema, teatro, shows e eventos esportivos, neste período.
Mesmo assim, poderemos celebrar a sexta-feira santa, em família, e a páscoa, ou Domingo da Ressurreição, festividade religiosa que marca o ressurgimento de Jesus ocorrido três dias depois da sua crucificação!
O cristão verdadeiro deve permanecer na sua fé, fortalecendo os seus princípios éticos e espirituais, de forma solidária. Aliás, é isso o que anda faltando na mesa dos homens, solidariedade, partilha, comunhão verdadeira. Neste final de quaresma, na qual se relembra a paixão de um Cristo que se deseja sempre vivo, partilhar o pão em forma de peixe ou de qualquer outro alimento com quem está passando fome não deixará ninguém mais pobre ou menos rico.
Um bom final de semana à todos e que as bênçãos do senhor se derramem por todos os lares e familiares existentes no planeta.