Uma entrevista reveladora com a primeira prefeita eleita da capital maranhense e uma coletânea de crônicas serão objetos dos livros Gardênia: Flor de Lapela e Interações Comunitárias, que o professor Euclides Moreira Neto lançará na livraria da AMEI no dia 5 de novembro (terça feira), às 19 horas, com selo da Editora da Universidade Federal do Maranhão – EDUFMA e produção editorial da Editora J. A. A. Viegas, especializada em apoiar publicações de escritores independentes da região maranhense.


Essa data foi escolhida para Euclides Moreira Neto homenagear o Dia Nacional da Cultura e o Dia Nacional da Língua Portuguesa. Segundo ele, são duas passagens simbólicas para a cultura brasileira e portuguesa, por isso sente-se muito honrado com a oportunidade de lançar estes dois novos títulos para a comunidade maranhense, na Livraria AMEI, que é hoje a maior referência para os autores locais, assim como estudantes e investigadores de nossa cultura em geral. “As obras resgatam parte da nossa história, por meio de depoimentos e análises com um olhar crítico e apurado”, estimou.
Como o próprio nome indica o livro Gardênia: Flor de Lapela apresenta uma entrevista com a senhora Maria Gardênia Castelo Gonçalves, que foi a primeira-dama do Estado e a primeira prefeita eleita da capital maranhense, após um pleito acirradíssimo no início da década de 1980, quando disputou as eleições enfrentando o poderio hegemônico do grupo Sarney. Dona Gardênia, à época, era casada com o então ex-governador do Estado, João Castelo Ribeiro Gonçalves. Nesse livro, a entrevistada faz revelações importantes para a compreensão de como se dava as tratativas da política maranhense de seu tempo.
No prefácio, a escritora Arlete Nogueira Machado destaca que “Gardênia resistiu diante de três poderes econômico e politicamente poderosos: o poder municipal, o poder estadual e o poder federal. Suportou um jornalismo impiedoso e se livrou honestamente da enxurrada de nomeações ilegais que lhe deixaram nos seus últimos dias de gestão, senhora esta que teve o povo, principalmente o povo pobre, a seu lado dando-lhe, naquela eleição, uma vitória verdadeiramente surpreendente”. Arlete Machado aplaude e louva a iniciativa de Euclides Moreira Neto e diz ele “Conseguiu a singeleza e a excelência da revelação de uma experiência de vida, fazendo de Gardênia uma escritora a descrever detalhadamente ricos, importantes e às vezes dolorosos instantes da história maranhense que a sua excepcional memória e delicada sensibilidade guardaram para nos oferecer”. São 136 páginas de revelações, lembranças e memórias de uma época marcante para o povo maranhense.
INTERAÇÕES COMUNITÁRIAS


O livro Interações Comunitárias, que tem a participação do fotógrafo Djalma Raposo e da designer Kerly Ferreira, reúne 33 crônicas produzidas no corrente ano e todas são de fatos que atuaram e estão atuando no meio social ludovicense., desse modo, o autor reflete sobre o carnaval, os festejos juninos, a decoração da cidade, políticas culturais, atos oficiais dos governos municipal, estadual e federal, datas históricas relacionadas ao povo de São Luís e do Estado do Maranhão, entre outros, todos com muita responsabilidade e compreensão do que foca como objeto de análise. Prefacia o livro o professor PHD em Comunicação, Marcos Fábio Belo Matos , que afirma categoricamente que “A crônica vive na alma de todo intelectual que se preocupa com o seu lugar – seja ele o lugar de nascimento, de trabalho, ou de suas raízes sentimentais. É, quase sempre, por meio da crônica que ele ou ela vai expressar o que pensa sobre aquela parte de terra fruto das suas preocupações. Se você fizer um passeio pela literatura brasileira, vai encontrar, em todos os tempos, em todos os cantos, intelectuais que levaram para a crônica os seus temores, os seus sabores e dissabores, os seus dilemas ou o eco das suas preocupações”. Diz Marcos Fábio que “Foi isso que fez Euclides Moreira Neto neste seu mais novo livro. Interações comunitárias é um mosaico das visões de Euclides sobre sua cidade, seu estado, seu país, seu lugar. Um registro a quente de como ele olha a sua terra, com todos os seus encantos, os seus problemas, as suas peculiaridades”. O livro tem 156 páginas e também o selo da EDUFMA.
Texto: Herbert de Jesus Santos