Ainda é cedo para se avaliar o estrago provocado pelo CORONAVIRUS no planeta. Mas é certo que o mundo terá que ser um lugar diferente após a maré da doença baixar.
Esse aprendizado é decorrente de outras ocorrências e outras grandes epidemias ou pandemias ao longo da história. Em séculos anteriores, a disseminação explosiva de doenças ajudou a abalar impérios. Com efeito, modelos econômicos também foram alterados e um novo redesenho das cidades favoreceu mudanças de comportamento.
O Brasil por exemplo recebeu o CORONAVIRUS com um sistema de saúde desmantelado, de terceiro mundo. Inclusive São Paulo que registra o maior índice de infectados. Notadamente por falta de incremento de uma política publica de saúde pelos governos que passaram. Nenhum Estado da federação é digno de destaque no tratar da doença. A maior arma do Ministério da Saúde no combate ao vírus neste momento é a ORAÇÃO, FÉ EM DEUS E A SORTE, MUITA SORTE.
Mas na Itália que figura no continente europeu como país de primeiro mundo o surto foi fatal: infelizmente virou terra arruinada. O seu povo sofre conseqüências drásticas e inexplicáveis. Afinal, a pergunta que se faz é: por quê perderam para o vírus? a Itália se tornou o país com o maior número de vítimas em todo o mundo, superando a própria China aonde dizem que surgiu a doença.
O primeiro passo é entender que uma das principais razões para a alta mortalidade na Itália é o grande número de idosos. Para se ter uma idéia, a idade média do italiano é de 44 anos. Já dos chineses, é de 37 anos. Dados do Instituto Superior da Saúde, ligado ao Ministério da Saúde, a idade média dos infectados pelo novo vírus no país é de 63 anos.
Outro fator que contribuiu para o alastramento da doença foi o clima do local. O período frio acabou contribuindo para a maior proliferação de gripes, que inicialmente foi confundida com a Covid-19. Com a alta propagação do vírus, foi pedido para os moradores que se mantivessem em quarentena. Apesar da ordem para se manterem em casa, muitos italianos não estão cumprindo com a exigência, o que tem contribuído com o índice de mortes. Segundo Montegrandi, os italianos tem um modo de vida “irresponsável” e que não possuem senso cívico”. Ele ainda destaca que a população é “um pouco rebelde”.
Na verdade, o momento atual servirá para uma geração inteira avaliar as conseqüências culturais e práticas de uma crise e travar uma rediscussão sobre o papel do Estado que deverá resgatar economias falidas e valorizar o sistema público mundial de saúde. Está provado que quanto mais rico for um país ele não está imune a um surto de epidemia. Imaginem os países pobres.
A sociedade pós-pandêmica poderá até apresentar mais restrições à circulação de pessoas entre fronteiras, mas será necessário também uma busca ainda maior por cooperação científica internacional. O mundo tem suas diferenças mas é um só na hora da dor. Quando a pandemia se aproxima toda a humanidade fica ameaçada. Ricos, pobres, negros e brancos são iguais perante a morte.
Em países como o Brasil o choque será maior. As últimas gerações ficaram longe de guerras ou crises econômicas brutais. Os mais jovens não lembram nem de hiperinflação. Esses sustos, embora não tão freqüentes, acompanham a humanidade há eras. Há indícios de que uma variante da bactéria da peste bubônica se alastrou há cerca de 5 mil anos, conforme um estudo de cientistas franceses, suecos e dinamarqueses publicado em 2018.
O primeiro evento mais bem documentado mostrou o potencial que têm as pandemias: no ano de 165, a disseminação de uma doença que poderia ser a varíola desorganizou o Império Romano e contribuiu para, tempos depois, a desintegração de sua fração oriental. O trauma já provocado pelo novo coronavírus tem potencial para alterar mais uma vez o curso da história, embora seja precipitado dizer o quanto.
— Essa pandemia se comporta como um choque que ocorre em uma conjuntura prévia da economia internacional de desaceleração econômica configurando, no atual momento, a emergência de uma tempestade perfeita, quando existe a conjugação de diferentes forças negativas — avalia o professor do Departamento de Relações Internacionais da Universidade Federal de Roraima Elói Martins Senhoras, autor do ensaio Coronavírus e o Papel das Pandemias na História Humana.
O tamanho do estrago vai depender de como os governos atuarem para frear o vírus e os seus efeitos. No passado, a ocorrência de epidemias como a de febre amarela, no Brasil do século 19, levaram até a novas configurações nas cidades.
— No Rio, Barata Ribeiro (ex-prefeito) derrubou cortiços no centro do Rio e refez a paisagem urbana. Pereira Passos deu continuidade e queria até derrubar morros e aterrar a baía de Guanabara por acreditar que eram fontes de contaminação — afirma o doutor em Antropologia Social e professor da UFRGS Jean Segata.
— A adoção de padrões comuns e a tentativa de produzir uma saúde global se deu a partir de epidemias. Quando determinadas pestes deixam de ser locais, o conhecimento também atravessa fronteiras — afirma o antropólogo, que também estuda epidemias.
Impactos econômicos também costumam ser consideráveis em emergências globais de saúde. O impacto da Peste Negra no século 14, quando eliminou um terço da população européia, foi tão forte que favoreceu o fim do regime de servidão que vigorava sobre os camponeses.
O cenário atual ainda é incerto. Aqui no Brasil por exemplo a oposição politiza o momento difícil tentando levar mais uma vez as eleições para o terceiro turno. A grande mídia, políticos derrotados no ultimo pleito presidencial , verdadeiros antipatriotas desumanos e os Fakes se coligaram para tentar derrubar a economia do país a qualquer custo, sob o pretexto de combater o vírus, disseminando inverdades , causando pânico na população, com o fim exclusivo de desestabilizar o Governo Bolsonaro, sem medir nenhuma conseqüência.
MOZART BALDEZ
Advogado
OAB-DF 25401 e OAB-MA 9984/A