Mateus, na pregação do Evangelho de Jesus aos incréus, disse a certa altura: “O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; e o que se vos diz ao ouvido, proclamai-o do alto dos telhados”. Era uma das chamadas boas-novas, como a que achou a caixa de ressonância ideal num notável maranhense, que, mesmo no exílio, não deixou clamando no deserto, que nem São João, a ´proposição deste repórter para exaltar a importância do anunciado Palácio da Comunicação, em São Luís.
Foi assim que do Rio de Janeiro, onde se acha desde 2008, o poeta, compositor e cronista Augusto César Maia (Augusto Tampinha), abrilhantou-se logo a dizer, ontem, o que seu peito estava sentindo com a grandeza revestida na concepção do Palácio da Comunicação Maranhense, no Palacete da Rua Formosa (Afonso Pena), consoante ele trata o repórter desde a nossa molecada na Rua do Apicum, os Apicuns de Erasmo Dias: “Meu Caro Beto, Gostei da proposta da criação do Palácio da Comunicação Maranhense! Entendo que vai contribuir muito para que as gerações futuras saibam dos homens que escreveram a nossa história, e consequentemente se conheça melhor” Aí, viajou mais no tempo e na relevância: “O Jornalismo registra a História da Humanidade em seus detalhes, descrita do seu cotidiano, abordando todos os segmentos sociais em suas várias atuações e situações de vivência. Reunir esse acervo, com um número imensurável de informações, num grande equipamento de conservação de registros, é possível, sim! O Museu da Imprensa e de outros nos dará a chance de juntarmos nossas páginas, e possibilitar os conhecimentos para os próximos. Essa é a tarefa que nos cabe hoje, e temos capacidade de fazê-la. Vamos à luta, precisamos erguer nosso Palácio da Comunicação Maranhense! Estamos aqui a sua disposição, com um grande abraço”! Augusto falou de cadeira, desde mencionando um dos apelidos do meu antropônimo, como assistiu à minha chegada da Madre de Deus abraçado pela casa dos Meus Padrinhos, na Rua do Apicum, e já agora uma das figuras de proa nos meus livros As Vozes do Sobrado Maia (Por Dentro dos Apicuns do Ás Nego Lápis ao Genial Jornalista e Escritor Erasmo Dias) e Brilhantes no Tempo de Cada Um (São Luís em Verso, Prosa e Quatrocentona), respectivamente, 18.ª e 19.ª da minha bibliografia e inéditas.
No torrão, o mesmo estado de espírito — Em outras palavras, quem exibiu a mesma comunhão de ideias de Augusto Tampinha, em São Luís, foi um velho conhecido dele em batalhas carnavalescas, aquele pela Escola de Samba Flor do Samba, do Bairro do Desterro, e Euclides Moreira Neto, inicialmente, pela Escola de Samba Turma do Quinto, do Bairro da Madre Deus, e, após, pela Favela do Samba, do Bairro do Sacavém. Calejado em perseverar por melhorias de vital importância para a vida cultural nativa, onde tem chance para inflamar reivindicações, visando ao bem-comum, o jornalista, pesquisador, e mestre do Curso de Comunicação Social da UFMA, Euclides Moreira Neto não baixa a metralhadora giratória, alardeando que o Palácio da Imprensa Maranhense é imprescindível para a compreensão da nossa História: “Venho me associar à proposta de criação do Palácio da Comunicação, para a História da Cultura Maranhense, abrigando as fontes de informações referentes aos meios de comunicação da nossa terra. A criação deste equipamento memorialista e cultural resgatará o compromisso com a História de nossa terra, especialmente da região metropolitana da Capital maranhense, que, a meu ver, nunca teve olhar responsável por aqueles que estão no comando do poder cultural, político e gestor de nosso Estado. Todos aqueles que passaram pelos palácios dos Leões e/ou La Ravardière adoram ser aplaudidos, reconhecidos e bajulados pelos profissionais da Imprensa. Isto é um fato, mas, nenhum percebeu que a ação do Jornalismo e da Comunicação de forma geral comporta e abrange um compromisso muito maior que o de reconhecer, aplaudir, ou informar os fatos e acontecimentos que atuam no meio”.
200 Anos de História — E ainda com o dedo em riste de investigador cultural: “Essa ação em qualquer vertente está também registrando as transformações e a evolução de nossa sociedade, por isso um equipamento como o Palácio da Comunicação Maranhense será o de resgatar, revisitar e preservar a nossa memória enquanto povo atuante. Em tempo: Vale lembrar que neste ano comemoramos duzentos anos da Imprensa Maranhense e a criação do Palácio da Comunicação virá a calhar com essa data, que deve ser comemorada por todos aqueles que compreendem o significado de ter uma imprensa livre, ética e comprometida!”
Os Evangelhos de Jesus Cristo — Os autores humanos dos quatro evangelhos – Mateus, Marcos, Lucas e João – às vezes são chamados de “evangelistas”, porque registraram o ministério de Jesus Cristo – realmente as “boas novas”. De todos os evangelistas, Mateus é aquele que apresenta didática mais clara. A palavra de Jesus é sempre apresentada como resultado de uma ação, e toda ação é sempre ensinamento, anúncio”. … “Desse modo, a comunidade aprenderá a dizer a palavra certa e a realizar a ação oportuna, no tempo e lugar em que está vivendo.
“Quem pariu Mateus que o embale” — Essa expressão deriva de quando Jesus decidiu acolher Mateus entre seus discípulos. Aconteceu que ele era um cobrador de impostos e a boa ação de Cristo passou a ser entendida como só quem devia se meter com um cobrador seria sua própria mãe. Assim, saiu “Quem pariu Mateus que o embale”. E São Mateus é pregador até hoje: “O que vos digo às escuras, dizei-o às claras; e o que escutais ao ouvido, dos eirados pregai-o!”
“A luz que reverberar na Atenas Brasileira!” — Quem pariu Mateus, que o embale! — é como devemos esperar o procedimento de todos nós que ficamos entendidos nisso desde quando nos unimos mais para a realização deste grandioso sonho do Palácio da Comunicação Maranhense. Sem nada a ver com o tirando a carta de seguro do poeta latino Horácio de “Até o bom Homero cochila” e “As montanhas estão em trabalho de parto, e delas nascerá um ridículo camundongo”. Já foi dito pelo violonista maranhense de fama internacional, João Pedro Borges(Sinhô): “O Palácio da Comunicação Maranhense será uma luz que reverberar na Atenas Brasileira!”
Texto: Herbert de Jesus Santos
Muito obrigado pela informação!
Deixo-lhe uma grande saudação… em amizade