Juvenal é o nome dado ao bode do Amaral, proprietário do Centro Cultural Mestre Amaral, onde permanece aos carinhos e cuidados no entorno, em um tronco de uma árvore (barrigudeira), na praça poeta Valdelino Cécio, no Centro Histórico de São Luís. Em homenagem ao bode, o local que possui uma estrutura montada com um pequeno palco, onde no período junino recebeu o nome de Arraial do Juvenal.
Na noite desta, sexta-feira (08), dando prosseguimento a uma série de iniciativas populares da esquina do espaço cultural, uma programação bem atraente promete movimentar o ambiente. Por lá o Boi de Leonardo, o Tambor Cravo e Rosa União da Baixada e o show do artista maranhense, radicado em São Paulo, Henrique Meneses acompanhado de banda irá movimentar ainda mais a noite do bairro da Praia Grande. As apresentações aconteceram no espaço cultural de mestre Amaral, ao lado da praça, na esquina das ruas do Giz e João Vital de Matos.
Nascido em São Luis do Maranhão pertence a uma tradicional família de artistas populares. Sua formação começou na Casa Fanti-Ashanti, hoje o centro afro religioso mais importante em atividade no Maranhão. Desde a infância, vivenciou a fundo as tradições maranhenses. Radicado em São Paulo desde 1992, vem pesquisando, resgatando e divulgando os saberes populares, seja como arte – educador ou atuando como músico, cantor, dançarino ou compositor.
Além do seu trabalho como músico e intérprete, participa ativamente de grupos musicais em São Paulo: Grupo Cupuaçu, importante centro de pesquisa e divulgação da arte popular maranhense em São Paulo, Ponto Br., grupo que propõe o encontro e o diálogo entre a música popular tradicional e a música contemporânea e Henrique Menezes & Banda Bom Q Dói, que desde 2007 vem realizando um evento itinerante no qual se encontram diversas manifestações da cultura brasileira.
Como arte – educador Henrique atuou em diversos projetos, oficinas e capacitações. Além do trabalho continuado, desde 1998 com crianças e adolescentes no projeto de educação não formal no Centro de Convivência Gracinha – Associação pela Família, próximo à região de Taboão da Serra, em São Paulo, onde é responsável pelo grupo de danças brasileiras, professor de percussão e leitura rítmica.
No CEU Uirapuru atua como educador musical de percussão no projeto Passarin – Associação pela Família, desde Agosto de 2014. Trabalhando as linguagens dos ritmos percussivos brasileiros (Coco de roda, Maracatu, Bumba meu Boi, Maculelê, Jongo, Xote, Baião, Forró, POP) e afro-brasileiros ( Alujá, Ilú, Aguerê, Sató, Opanijé, Bravun, Ijexá, Barra vento) nos períodos da manhã e da tarde com crianças de 8 a 15 anos de idade. Os resultados desenvolvidos durante as oficinas são demonstrados em caráter de apresentações no teatro do CEU Uirapuru e em demais instituições.
No Instituto Acaia atua desde Maio de 2015 como educador musical de percussão, trabalhando as linguagens dos ritmos brasileiros, tais como o Coco de roda, Maracatu, Bumba meu Boi, Maculelê, Jongo, Xote, Baião e Forró. Com três turmas de faixa etária diferentes, o grupo inicial de 02 a 06 anos e o grupo médio de 07 a 12 anos com as atividades realizadas nas quartas-feiras e o grupo dos adolescentes de 13 a 18 anos de idade nas sextas-feiras.
Neste ano, Henrique Menezes traz na sua bagagem toda sua versatilidade e musicalidade embebida na ancestralidade e em sua irreverência artística. Apresenta canções que vão de Pai Euclides, João do Vale, Humberto de Maracanã, Zezé de Iemanjá e suas próprias composições, acompanhado por Moises Mota na bateria, Ronald Santos nos teclados, Leo Almeida no baixo e Bruno Pereira na guitarra. Além do naipe de excelência dos músicos, esse show traz a presença luxuosa de Zezé de Iemanjá, numa participação pra lá de especial. Uma noite linda, numa das ruas mais lindas, a Rua do Giz.
Serviço:
Espaco Cultural Amaral – Arraial do Juvenal
Programação – Dia 08 (sexta-feira)
20h – Tambor Cravo e Rosa União da Baixada
21h – Boi de Leonardo.
22h – Show Henrique Menezes
Texto: Paulo Melo Sousa e Gutemberg Bogéa
Edição: Gutemberg Bogéa