Berço de escritores e poetas, São Luís ainda resiste ao tempo, ultrapassando séculos e nos permitindo vivenciá-la e acreditar que ainda existem diversas formas de conservar, cuidar, construir e amar.
São Luís guarda muitos séculos na sua alma, uma história coberta por uma autenticidade cultural inimaginável que só vivenciando pode-se crer. São acervos históricos, culturais e principalmente arquitetônicos que chegam a atingir o número de 3.500 edificações que nos remontam aos séculos XVIII e XIX.
A cada nova temporada festiva, tradições culturais e folclóricas de raízes históricas ainda embalam seus filhos nativos, anunciando uma diversidade de ritmos que formam orquestras das mais variadas batidas e toques, sejam em suas variáveis marcadas e marcantes, ou no pulsar eletrizante de sua energia rítmica.
São Luís não se prende a modas ou culturas trazidas de fora para dentro, a cidade esbanja sua própria identidade, capitaneada pela criatividade de sua gente e orquestrada por suas tradições aperfeiçoadas e aprimoradas para o futuro – daí seus blocos, tribos e sotaques musicais de beleza única e ímpar.
409 anos, revelando como num passe de mágica as glórias de seu passado na busca incessante do progresso que precisa ser construído, sem descaracterizar a sua história. De lá para cá, são séculos de uma arquitetura colonial de rara beleza que mesmo dilacerado pelo tempo e pelo descaso dos homens glorifica os seus habitantes.
Mas do que uma cidade histórica, rica em sua variedade cultural, São Luís é uma ilha, cercada de belas praias de águas turvas e mornas, com aproximadamente 30 quilômetros de orla que se completam com o encontro das baías de São José e São Marcos.
Texto: Gutemberg Bogéa