Os festejos juninos que sempre estiveram entre as maravilhas do folclore brasileiro vivem um momento inusitado na cultura do Brasil. As festas que deveriam movimentar a economia no período com suas manifestações folclóricas, diversidades gastronômicas, artesanais e históricas, atravessa o período sufocada pela pandemia da Covid 19.


Amargando prejuízos para a economia interna e obstrução dos empregos informais no comércio variado de produtos ou na mão de obra que envolve todo um aparato de profissionais na construção de ambientes, indumentárias e toda uma cadeia produtiva da maior festa do calendário brasileiro de festividades, o dia de São João será marcado por missas virtuais direto da Igreja de São João, na Rua da Paz, através do YouTube e Instagran, assim como carreata pelo centro da cidade, barraca de alimentação no largo da igreja e lives de artistas e grupos folclóricos por todo o dia.
Em São Luís, depois das homenagens a Santo Antônio (13.06), a festa evoca por todo o dia de hoje (24) São João Batista, e reverência em seu ápice São Pedro (segunda-feira, 29) e São Marçal (terça-feira, 30), datas essas de maior efervescência do folclore maranhense. Nas ruas da cidade não ecoarão esse ano os versos dos poetas populares cantados e soprados ao vento pelos quatro cantos da ilha.


Uma diversidade rítmica guardada para o período como uma caixinha de segredos que só são revelados nos arraias montados e espalhados por toda cidade, mas que por força do destino será guardada para o próximo ano na preservação da vida e reconhecimento da ciência na condução de protocolos de combate a pandemia da Covid 19.


O São João maranhense se destaca pela forma ímpar, funcionando como uma importante ferramenta de atração turística. Uma relação entre turismo e cultura que precisa ser tratada de uma forma adequada para que haja sustento econômico cultural, já que o período junino maranhense prima pela diversidade e pela riqueza das expressões históricas e artísticas locais. Viva São João!
Texto e Edição: Gutemberg Bogéa
Adoro festa junina. Uma pena.