O projeto Mãos a Fio será lançado neste sábado, 26, para convidados e público restrito nas dependências do Basa Clube em São Luís. No desfile de lançamento do projeto, no qual serão apresentadas algumas das peças da coleção elaborada por artesãs e artesãos da Raposa, Barreirinhas, Cururupu, Rio Grande do Maracanã em São Luís e diversas regiões do estado do Maranhão. O projeto é financiado pela Lei de Incentivo Aldir Blanc a partir de edital da Secretaria de Estado da Cultura. A gravação do desfile com as principais peças da coleção elaborada pelas artesãs participantes do projeto será a partir das 17 horas, se estendendo até as 20 horas.


O foco do projeto está no e-commerce (loja virtual) onde parte dos produtos apresentados no desfile veiculado posteriormente pelo canal youtube, a partir de programação da Secma. O formato ditado pela pandemia permitiu por outro lado que este agrupamento de artesãs maranhenses abrisse definitivamente uma janela para o mundo, apresentando peças do guarda-roupa feitas em renda, crochê, macramê outras técnicas artesanais.
Mãos a Fio como sugere o título do projeto, apesar da clara intenção de se conectar com o mundo, tem o artesão como protagonista e os produtos elaborados pelas mãos destes como uma espécie de enredo de uma história longa contínua. A importância de produzir à mão norteia o projeto que deverá se estender por seis meses, com renovação periódica do material na loja virtual Mãos a Fio.
Com a pandemia ditando destinos, a sustentabilidade foi reforçada dentro das metas de negócios deste grupo de fazedores. A utilização de materiais naturais, harmonizadas com a proposta de preservação do meio-ambiente norteia toda a produção deste grupo de fazedoras (es).
A intenção não é de provocar um confronto com a produção tradicional da indústria têxtil, mas de complementá-la. Entre o grupo não permeia o sentimento de que alguém se consagre em destaque a partir da exposição, dali se sobressaindo um estilista renomado no mercado.


Cada look das coleções apresentadas e colocadas à venda transmite uma atmosfera própria extraída do lugar onde se dá a produção e vivência da artesã. Carrega em si representações das relações sociais incutidas pelo cotidiano na qual elas estão inseridas. Na renda da Raposa, por exemplo, a atmosfera das manhãs solares, marcadas pela maresia é capturada nas tramas dos bilros e na escolha das cores dos fios que tecem as peças singulares. Têm estas, enfim, a cara de um dia de sol e praia.
Texto: Henrique Boís
Gostei da iniciativa e colocando essa arte no mundo virtual abre a porta, para mundo.
Importante esse trabalho, assim como destacamos a necessidade de trabalharmos outros fomentos na cultura e no turismo maranhense.