Estamos avisando aos navegantes para que não deixem passar em brancas nuvens, quando menos na Madre de Deus, o próximo 12 de outubro, Dia das Crianças, Dia de Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil, Dia do Descobrimento da América e em que Cristóvão (Colombo da Silva), o nosso inesquecível “Alô, Brasil!”, faria um século de existência. Se ninguém ainda não se tocou, com tanta zoeira alusiva às eleições de 2 de outubro, a hora é de concentrar esforços a fim de que que a passagem seja à altura das alegrias que Cristóvão nos proporcionou, ouvindo seus sambas de improviso e suas histórias de constituição da Escola de Samba Turma do Quinto e do Bloco Os Fuzileiros da Fuzarca, duas entidades legendárias que auxiliaram na ascensão da Madre de Deus como bairro cultural de São Luís.


Foi, sim, valorizado pelos músicos conterrâneos mais moços (Chico Saldanha, Giordano Mochel e Ubiratan Souza), que produziram, em 1986, o álbum Velhos Moleques, que trazia ainda composições de outros grandes nomes da sua geração, em São Luís, quanto Agostinho Reis e Lopes Bogéa. Nos anos 1990, a então Fundação Cultural do Maranhão lançou uma coletânea com sambas de Cristóvão interpretados por nomes como Gabriel Melônio, Rosa Reis e Fátima Passarinho, entre outros, além do resgate do fonograma de “Araçagy”, na voz ao autor. Em 1992, setentão considerado nas rodas de samba ludovicenses, participou do livro Memória de Velhos, da Secretaria de Estado da Cultura (Secma), que publicou, pelo então Serviço de Imprensa e Obras Gráficas do Estado (Sioge), alguns volumes com fazedores de Cultura Popular Maranhense. Alô, Brasil! foi embecado com uma farda da Setop (Secretaria de Obras Públicas), onde trabalhou após a Fábrica Cânhamo, onde hoje funciona o Ceprama, e registrou outros alterosos do bairro em que nasceu e se tornou artista: Lino Mota, Roseno Amaral, Mestre Orfila, Luiz de França, etc.
Com a inclusão de Cesar Teixeira, temos uma plêiade de artistas, fãs de Cristóvão, que, graciosamente, possui tudo para tornarem o transcurso dos 100 anos dele bem-festejado, inclusive, com missa em intenção da sua alma. O JP Turismo, folgando pela lembrança, fica torcendo pelos bons sucessos à memória maranhense!


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