

A compositora, cantora e foliona maranhense de primeira linha, Maria do Socorro Silva, Dadinha, mais chamada, nos últimos tempos, Patativa ou Patá, foi sepultada, sepultada, aos 87 anos, na manhã de 8 de maio passado, no Cemitério da Vila Embratel, sob sons queridos de entidades que lhe marcaram boa parte da sua vida: cantoria de sambas e batucada da Turma do Quinto e do Bloco Fuzileiros da Fuzarca, e toadas e batidas de pandeiros e matracas do Boi da Madre de Deus. Foi assim da sua residência, na Rua Castelinho, número 22, na Vila Embratel, ao Cemitério Paraíso, num estirão de três quilômetros, até à sua última morada.


Ali, usaram a palavra, dentre outros oradores, Luis Carlos Noleto, animador cultural, destacando a presença da pranteada artista por várias vertentes musicais; Herbert de Jesus Santos, lembrando o transcurso dela pela Turma do Quinto, Fuzileiros da Fuzarca e o chamado batalhão pesado da Ilha, sob o comando de cantoria de Vavá (Wanderley Penna) e Mané Onça (Manoel Leôncio); e Lembranças de seus admiradores de criança —- Emocionado com a notícia da perda da conhecida de longas datas, Madson Furtado lembrou, ao celular, na manhã de ontem, que a viu antes, na Rua Afonso Pena, enquanto residia na Travessa da Lapa, quando tinha 10 anos de idade, e, após, os dois já morando na Madre de Deus! Compadre de fogueira de Madson Furtado, os dois adolescentes, num São João, na Madre de Deus, Herbert de Jesus Santos recordou que viu boas vezes Patativa, Vavá, compondo toadas na casa de Marciano, na descida da ladeira para a sua casa paterna, vizinha da Capela de São Pedro primitiva.


Amigos e admiradores presentes —- Estiveram presentes na cerimônia fúnebre, dentre outros, a filha Wanda (de Patativa e o cantador Vavá) e netos, além de Luís Noleto e Herbert de Jesus Santos: os compositores Cesar Teixeira e José Pereira Godão, dirigente da Turma do Quinto (‘Gersinho Silva), do Grupo Piaçaba (Toninho Dantas), Ronald Almeida (arquiteto urbanista), Josemar Pinheiro (advogado, jornalista e radialista), Jorge Coutinho e Luiz Queiroz (dirigente do Boi da Madre de Deus, e o comerciante da Feira da Praia Grande, Raimundo Martins Costa Pereira (popularizado Saudações Corintianas), vizinhos da Vila Embratel e seus chegados de tambor-de- crioula, que fizeram uma roda para ela, na frente da sua sepultura.
Boas-novas da gravação dos cedês —- Em 2015, Patativa foi agraciada com a gravação das suas composições, com o beneplácito do cantor e compositor conterrâneo Zeca Baleiro.
Texto: Herbert de Jesus Santos