Por Herbert de Jesus Santos


O suplemento semanário do Jornal Pequeno, JP Turismo, entrou na casa dos 30 anos de atividades ininterruptas, fazendo honra ao mérito e justificando sua permanência quanto o único periódico que leva aos quatro cantos do Brasil, e quiçá do Mundo, as riquezas inestimáveis do Maranhão no campo turístico, cultural e do fazer inteligente, legado que recebemos de uma natureza exuberante, acervo arquitetônico maravilhoso, inestimáveis criações populares e de gigantes da Literatura, que nos recomendam na seara da intelectualidade nacional baseada na Academia Brasileira de Letras e na União Brasileira de Escritores! Ficaram inestimáveis, as vezes em que o JP Turismo abriu suas baterias nativistas em campanhas como as pela preservação do alteroso Centro Histórico de São Luís, pois atrativos para a concessão do Título de Patrimônio Cultural da Humanidade, com seu sítio arqueológico justificando o laurel universal, acompanhado por invenções de bem de herança avoengo, qual o dos bumba-bois e seus cinco sotaques sedutores.
Posso falar um tanto quanto de cadeira por estar na fileira do bom combate desde a terceira edição do bem-dito, após haver o nome lembrado pelo triunvirato de Ribamar Gomes (Peninha, com quem havia trabalhado em O Imparcial, assim que fui egresso do Curso de Comunicação Social da UFMA), com o já de saudosa memória, companheiro de grandes batalhas, Alterê Bernardino, e o visionário que projetou esse alteado sonho, conhecido de encontros nas Festas do Divino (de Alcântara, e da Casa das Minas, e Casa de Nagô, na Capital), e nos folguedos carnavalescos e joaninos, com suas manifestações reluzentes de maiores, melhores e mais bonitas do Brasil: o perseverante e prestigiosos Gutemberg (Guto) Bogéa! Tão-somente uma vez passei alguns dias fora da trincheira do JP Turismo, quando estive acompanhando a minha esposa, então muito adoecida, e de quem fiquei viúvo, recebendo a solidariedade do corpo redacional e diretor do valoroso semanário indígena.


Em compensação, também posso falar, em alto e bom som, que me vali da sua artilharia para abater o facho de presunções alienígenas querendo mais que o ser e estar maranhenses, presenciado, magistralmente, pelo saudoso imbatível jornalista e genial poeta JM Cunha Santos, na apreciação do meu segundo livro de poesia, São Luís em PreAmar: “Poeta portentoso e cronista desaforado, às vezes, furioso contra os que perturbam a sua Cidade; e, para não fugir da sua sacrossanta característica de guerreiro impiedoso da palavra, permanece a dizer cobras e lagartos, como lhe impõe o coração de menino rebelde da Madre de Deus!”
Se bem enxergado, a mais da conta, o JP Turismo tem ascensão para ser um respeitável balzaquiano, podendo a palavra ser usada para o masculino, e cheio de amores, no seu caso, pelo Maranhão, que nem os havidos no romance do escritor francês Honoré de Balzac, A Mulher de Trinta Anos, de quem o Brasil nomeou os adjetivos balzaquiano e balzaquiana. O JP Turismo encontra-se assim balzaquiano e com competência de, transpirando maturidade, alçar mais alto a bandeira do Turismo e da Cultura do Maranhão! Bem-dito seja!