Requisitado para tantos problemas, guardado no dia 13 de junho, Santo Antônio só poderia ser um dos taumaturgos (obradores de milagres) mais populares da igreja católica, no Brasil. Na tradição, ele é o “santo casamenteiro”, que, segundo a crença, dá uma forcinha na união de pessoas a partir de simpatias e de uma devoção muito presente.
Lemos muito que Santo Antônio (ou Santo Antônio de Pádua), na verdade nasceu com o nome de Fernando. Foi batizado na cidade de Lisboa, em Portugal, no dia 15 de agosto de algum ano entre 1191 e 1195. Anos depois, tornou-se franciscano e pregou em Portugal, na Itália e na França. Ele morreu em 13 de junho de 1231, data que deu origem ao Dia de Santo Antônio.
Hoje, se não houvesse a pandemia do Novo Coronavírus (a Covid-19), em sua igreja, no Centro, além de inúmeras missas, culminando com procissão, amanheceria com devotos pagando a promessa de distribuição de pães aos mais pobres. “O pão de Santo Antônio” é sinônimo de caridade. Esta tradição nasceu a partir de um dos milagres do santo, cujo protagonista foi Tomasito, um menino de 20 meses que se afogou em um poço de água. Conta-se que “a mãe desesperada invocou a ajuda do santo e fez uma promessa: Se conseguisse esta graça, ia dar aos pobres uma quantidade de pão igual ao peso do menino. E milagrosamente o pequeno voltou a viver”.
Destaca-se que a devoção do “Santo do Povo” é universal, talvez porque ele quis considerar o mundo inteiro como sua casa. Nasceu em Portugal, foi ao Marrocos para levar a fé, chegou à Sicília depois de um naufrágio se uniu aos frades de São Francisco que o enviaram à França. Quando voltou para a Itália, se estabeleceu em Pádua, onde morreu. Dizem que falava uma língua com milhares de sotaques, mas todos compreendiam. E ele era próximo a todos: pobres, pessoas com dificuldade, doentes. Neste ser irmão de todos, também está a sua universalidade.
Ao redor da Terra, ele é considerado padroeiro de muitas profissões e pessoas: marinheiros, viajantes, agricultores, idosos… Fez tudo mesmo para ser Antônio de Pádua, de Lisboa, do Brasil e do Mundo!