O Dia Internacional da Mulher oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1975, é comemorado desde o início do século 20, no 8 de março, quando diversos protestos de mulheres ecoaram pelos Estados Unidos e Europa, reivindicando melhores condições de trabalho e igualdade de direitos. No Brasil, é muito comum relacionar a data ao incêndio ocorrido em Nova York, no dia 25 de março de 1911, quando 146 trabalhadores morreram, sendo 125 mulheres e 21 homens (na maioria, judeus), que trouxe à tona as más condições enfrentadas pelas operárias.
Há registros anteriores a esse episódio, que trazem referências a pleito de mulheres para que houvesse um momento dedicado às suas causas dentro do movimento de trabalhadores, então começaria com a grande passeata das mulheres em 26 de fevereiro de 1909, em Nova York. Naquele dia, cerca de 15 mil mulheres marcharam nas ruas da cidade por melhores condições de trabalho. Na Rússia, em 1917, milhares de mulheres foram às ruas contra a fome e a guerra; a greve delas marcou o início para a Revolução Russa.
Agora, em 2022, no Brasil, o Dia Internacional da Mulher teve sua passagem marcada pela grosseria irresponsável do deputado paulista Arthur de Val, o Mamãe, Falei!, ofendendo a dignidade das ucranianas, em plena guerra, para ele, fáceis.
Não faltaram moções de solidariedade de autoridades políticas maranhenses contra o desastrado deputado estadual paulista. O governador Flávio Dino (PSB): “Minha solidariedade a todas as mulheres atingidas por esse amontoado de absurdos. É imperativo que os órgãos de controle atuem com rigor e velocidade. E desejo que a sociedade não vote mais em candidatos assim”! A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) também se pronunciou, repudiando o machismo e o preconceito do parlamentar aludido: “Minha total solidariedade e respeito às mulheres ucranianas, que, além da tragédia e o sofrimento, com a guerra, ainda são insultadas por um deputado brasileiro”! A senadora Eliziane Gama (Cidadania); líder da bancada feminina na Câmara Federal, também posicionou-se contra a atitude do deputado Mamãe, Falei!: que envergonhou o Brasil: “As declarações dele são repugnantes, uma das maiores indignidades que já vi! Pior, feitas em contexto de guerra. Agridem as mulheres, também do Brasil, e não podem ficar impunes, politicamente”! Já o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos), do mesmo partido de Mamãe, Falei!, afirmou que “A postura deste deputado de São Paulo é inaceitável. Suas declarações são repugnantes, por total desrespeito às mulheres e num momento em que o povo da Ucrânia vive os horrores da guerra. Esse comportamento precisa ser urgentemente banido do Brasil e no Mundo, e dentro de qualquer partido!”
Apesar desse incidente internacional revoltante, podemos desejar a todas as mulheres do Brasil e do Mundo, com carinhosa lembrança, o reconhecimento e sucesso em todas suas justas reivindicações!

