São Luís guarda muitos séculos na sua alma, uma história coberta por uma autenticidade cultural inimaginável que só vivenciando pode-se crer. São acervos históricos, culturais e principalmente arquitetônicos que chegam a atingir o número de 3.500 edificações que nos remontam aos séculos XVIII e XIX.
São Luís, olhada pela janela do JP Turismo (semanário do Jornal Pequeno), no Largo do Carmo, onde há trabalhos de revitalização, aliás, de qualquer janela do alto, parece que temos a exata dimensão de que ela encanta a todos que aqui chegam, como ela tão bem foi decantada pelos seus maiores cantores, os poetas da extensão de Bandeira Tribuzi, Nauro Machado e José Chagas. Numa só visualizada, deu para vermos muito bem a imponência do antigo prédio do BEM, que tinha o Restaurante Palheta, a Rádio Timbira como referência e que em breve irá sediar repartições públicas, e que depois de muitos anos parece caminhar agora para ser concretizado esse sonho, um verdadeiro patrimônio dos ludovicences no coração do centro.
São Luís completará, no próximo dia 6 de dezembro, 23 anos de reconhecimento pela Unesco, em Nápoles, na Itália, na condição de Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade, pela riqueza em seu acervo arquitetônico.
A honraria aconteceu em 1997. Um ano antes da concessão do título, especialistas enviados pela Unesco vieram a São Luís de surpresa, para fazer uma inspeção sigilosa. Após uma série de avaliações, o título foi concedido à nossa Cidade, sem dúvida nenhuma, para São Luís pelo seu tesouro arquitetônico.
Por tantas grandezas que a nossa urbe expõe em nosso Centro Histórico, nunca é demais reclamar que ela precisa de mais atenção de todos nós, jornalistas, escritores, professores, população em geral, e de políticos, principalmente, gestores. Todos, passada essa pandemia, precisam fazer de São Luís um dos maiores destinos do Brasil, para o engrandecimento da nossa gente e da nossa autoestima!
Entre tantos problemas enfrentados, por descaso político, São Luís possui uma tradição secular ainda difundida por pessoas que realmente se preocupam com a história da Upaon-Açu e respeitam todos esses anos de fundação, valorizando os potenciais turísticos e econômicos. Que o Prédio do antigo Banco do Estado do Maranhão possa ser recuperado para o bem de todos, assim como sua fantástica visão panorâmica para deleite de sua população e para o resgate de ambientes que possam mostrar toda a beleza de sua arquitetura vista do alto daquele suntuoso edifício. Que novos tempos venham, e que a história dessa cidade seja sempre mantida em primeiro plano.


Se os governantes, amassem mais a nossa cidade do que suas carreiras políticas… teríamos uma das cidades mais linda do Brasil…