São Luís, certamente, sentia-se muito melhor no tempo em foi defendida por uma plêiade (jornalista, jurista e escritor Costa Fernandes, padre, poeta, prosador e interventor Astolfo Serra, os irmãos Raimundo e Antônio Lopes, mestres, poetas e historiadores, cel. Poeta Luso Torres) contra um jornalista pau-mandado dos que pretendiam o Centro Histórico aos escombros, onde seria erguida uma lunática Cidade Industrial à São Paulo.
Numa viagem no tempo, fazendo um resumo histórico da Fundação francesa de São Luís, em julho de 1612, uma expedição comandada por Daniel de Touche, Senhor de La Ravardière e François Razilly, nas embarcações Saint-Anne, La Regente e La Chalotte, partiu da cidade portuária de Cancale, região da Bretanha, com patrocínio da rainha-regente Maria de Médici, com o intuito de fixar-se no Maranhão. No dia 8 de setembro, era fundada a Cidade de São Luís, Capital do Maranhão, em nome do rei-menino Luís XIII, e denominada assim em honra de Luís IX, o Rei-Santo. Também construíram um forte no local. Ali está edificado o Palácio dos Leões, sede do governo estadual, onde se encontra a Av. D. Pedro II, palco das cerimônias de grande beleza, pompa e entusiasmo naquela histórica data. Na imediação, foi erguida uma grande cruz de madeira para missa solene da posse da nova terra conquistada pela França, com a presença de indígenas e capuchinhos. A tão pretendida França Equinocial durou apenas três anos (1612-15).
“O Maranhão, Terra do já Teve!”
Realmente, é chocante conviver com coisas ou fatos, como o desaparecimento de templos, monumentos, casas ou sobrados, por omissão, abandono e determinação de governantes municipal, estadual e federal. A Cidade de São Luís, que aniversaria em 8 de setembro próximo, tem sido vítima desde descaso, impiedosamente, nos últimos tempos. Eles são em grande escala, quanto parte da nossa história, e as demolições vêm se registrando mesmo na atualidade.
Capelas e igrejas desaparecidas
Igreja de Santa Margarida, em 1627, atual Convento Santo Antônio. Igreja de São Jorge, em 1641, no Bairro do Desterro. Em 19 de outubro de 1775, o governador português Joaquim de Melo e Póvoas mandou demolir a Igreja da Misericórdia, onde está a Av. D. Pedro II. Foi destruída a Capela de São Francisco dos Capuchinhos, no atual Largo da Sé, construída em 1612, ano da Fundação da Cidade. Igreja de Santa Bárbara, local do atual Convento do Carmo. Igreja da Nossa Senhora da Boa Hora, no Bairro da Madre de Deus. Capela São Luís, Rei de França (local da Prefeitura de São Luís). Em 1760, Igreja de Nossa Senhora das Barraquinhas (acesso ao lado da Rua das Cajazeiras). Igreja de Nossa Senhora Conceição dos Mulatos (local hoje do Edifício Caiçara, na Rua Grande ou Oswaldo Cruz. Capela de Santana da Sagrada Família, chamada de Santaninha (onde está uma agência da Caixa Econômica Federal), defronte da Rua do Sol.
Os Fortes
Forte de São Luís, de 1612, depois denominado Fortaleza de São Felipe, onde ficou situado o Palácio dos Leões. Forte de São Francisco ou do Sardinha (na Ponta do Sardinha, Bairro do São Francisco), de 1615.
Marcos religiosos e históricos
Também sumiram grandes marcos religiosos e históricos, tais como os Passos da Quaresma: na Rua João Victal de Matos (Beco do Pacotilha), atualmente usado apenas para armação de presépio de Natal; na Rua Grande, n.º 870, hoje uma lojinha; no Largo de São João: (ao lado da igreja de igual nome, onde há uma loja maçônica); e na Rua Formosa, canto da sede do Jornal Pequeno com a Rua Direita (Henriques Leal).
Fontes ou chafarizes
Importados da França e da Inglaterra, alguns ainda existem como monumentos, sem a função de quando foram instalados: na Praça da Misericórdia (na frente da Santa Casa); no pátio do Museu Histórico, na Rua do Sol; no pátio do Palácio Cristo Rei (Praça Gonçalves Dias); Fonte do Apicum (1904).
CAJ e outros bem comunitários
Mais recentemente foram sucateados ou destruídos, dentre os mais sentidos: O Circo da Cidade Nélson Brito (onde eram desenvolvidas diversas atividades artísticas), na adjacência do Terminal Rodoviário da Praia Grande, e o Centro de Artes Japi-Açu (CAJ), criado =, em 1972, pela professora Rosa Mochel, quando era secretária municipal da Educação e Cultura, no Bairro Diamante, que trabalhava com ensinamento de crianças e adolescentes em cerâmica, artesanato, dentre outras oficinas.
Massacre na Literatura
Além de perder o seu maior aliado, em prol da Inteligência e da Cultura, nos últimos tempos, em 1997, o Serviço de Imprensa e Obras Gráfica do Estado (Sioge), que tinha o Plano de Ação Cultural, para fazer Concurso Literário ao surgimento de novos talentos, e a publicação de autores consagrados, jornal literário Vagalume, campeão dentre os seus congêneres da Imprensas Oficiais do Brasil, o nosso fazer intelectual não contou mais com os concursos: Cidade de São Luís (Prefeitura), da Secretaria Estadual da Cultura (SECMA), da Fundação Sousândrade (UFMA) e um da Academia Maranhense de Letras (Contos de Natal).
Texto: Herbert de Jesus Santos (com pesquisa de Simão Cireneu Ramos)
São Luís uma das mais belas capitais do Brasil, entretanto muito mal cuidada pelo poder público ao longo dos séculos. Ressalvo aqui o trabalho do saudoso engenheiro Felipe Andrés , falecido recentemente, ex secretário de Estado no governo Cafeteira e um dos responsáveis pela revitalização do nosso Centro Histórico e por defender na UNESCO São Luís, como PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE. Ele era Mineiro, mas amou e cuidou da nossa cidade como poucos nas últimas décadas. Foi esquecido pelos dirigentes e hoje ninguém mais lembra do seu nome e do seu legado.
Infelizmente a cidade de São Luís sofre o descaso por parte dos seus péssimos governantes. O atual prefeito, carismático como uma pedra, só vive de propaganda e mais nada. Como estamos chegando perto do período eleitoral a prefeitura lembrou de fazer obras sem sentido só agora, é incrível como a única coisa que a gestão faz é retirar rotatórias e arrancar árvores. Não sou contra as obras de infraestrutura, sou contra fazer todas ao mesmo tempo faltando um ano para as eleições e o panaca do prefeito ainda tentar provar que está fazendo um grande trabalho. O nosso “menino” Braide e seus guardiões (os vassalos que passam o dia inteiro o defendendo em redes sociais) deveriam experimentar andar de ônibus aos domingos e contemplarem o quanto o transporte é péssimo e como a infraestrutura dessa cidade é uma vergonha.
Tudo se resume em uma semana de shows (..mililhonários )
È uma pena quando a falta de respeito e zelo começa pelo poder público, dando abertura para a população que na sua maioria não prima pela conservação quer seja cultura, patrimonial ou limpeza.Devemos ter um sentimento de pertencimento para aflorar todos outros sentimentos em relação à nossa cidade tão desrespeitada.
muito legal !! excelente
Que pena saber que nem todas foram preservadas, mas torcemos para qie o restante sigam preservadas…e assim a mosda História!
Excelente Matéria!
Parabéns.
Excelente Matéria
E MUITO TRISTE QUANDO OS PRINCÍPIOS DE NOSSAS COMEMORAÇÕES DE ANIVERSÁRIO DE SÃO LUÍS COM PROPAGANDAS COM TRIA SONORA DE UM REGGUE , ESQUECENDO NOSSAS TRADIÇÕES , NOSSA CULTURA POPULAR PORQUE NÃO DIZER O DESPRESTÍGIO AO NOSSO FOLCLORE O QUAL PROPAGANDAS SOBRE O ANIVERSÁRIO DE SÃO LUÍS TEM QUE SER SEGUIDA POR TIRA SONARO LIGADA A NOSSA CULTURA POPULAR NUNCA POR UM REGGUE QUE NÃO TEM NADA HAVERÁ.
O reggae tornou-se cultura daqui também, tanto que São Luís é conhecida no Brasil inteiro como Jamaica Brasileira, então não fale asneiras.
Ah, coitado!