WybsonCarvalho, entreos poetas e prosadores JM Cunha Santos, José Maria Nascimento e Herbert de Jesus Santos, realçou a importância da Literatura Maranhense todo tempo – Fotos: Arquivo de Herbert de Jesus Santos e Divulgação
Ao lembrarem que o surto do Novo Coronavírus, com a Covid-19, não diminuiria o entusiasmo dos autores maranhenses, nos concursos literários, que aconteciam, anualmente, em São Luís, e viriam a calhar, na ausência do festejo junino, suspenso, para evitar aglomerações, jovens escritores aumentaram o coro da precisão da Secma (Secretaria do Estado da Cultura) e da Secult (Secretaria Municipal da Cultura) em realizarem os certames. Assinalaram que sem chance de haver o concorrido São João, forçado pela pandemia da Covid-19, com subsídio financeiro às brincadeiras, sem serventia, neste ano, as promoções prestigiariam as produções dos poetas e prosadores da terra, na observação também de que a Cultura Popular sempre contou com a literatura para a sua consolidação. Como ouviram dos escritores mais calejados, repetiram, ontem: “As inscrições aos certames literários iriam até julho, com resultado no Aniversário de São Luís e publicação das obras vencedoras de todo o Estado, no começo de dezembro, conforme sempre aconteceu, e elogiados por integrantes da Academia Brasileira de Letras (ABL) e União Brasileira de Escritores(UBE)!”
Entre os autores veteranos, manifestou-se logo o poeta e membro da Academia Caxiense de Letras, da qual foi presidente, Wybson Carvalho, participante de proa da FeliS (Feira do Livro de São Luís): “Em quaisquer órgãos e/ou instituições, que tenham um caráter público de fomento à promoção, produção e divulgação das linguagens artístico-culturais, devem, pois, como um exercício de uma gestão democrática, contemplar os segmentos produtivos de reais condições para as suas criações, através de eventos que caracterizam um direito de ser e estar incluso na cadeia cultural: editais e concursos, atendendo às respectivas especificidades criativas, e, para nós, maranhenses, em especial, os concursos literários, em todos os gêneros tão representativos da nossa personalidade artístico-cultural!”
Hora de guarnecer a literatura — Antologista, digitador de jornais, há muito anos, Edivaldo dos Santos Nogueira (Esnog) considerou que “Com a pandemia da Covid-19, em consideração aos letrados da ainda Atenas Brasileira, poderiam os senhores da cultura municipal e estadual reacender a nossa honra ao mérito, e incentivar a literatura maravilhosamente de inestimável riqueza maranhense, trazendo de volta os concursos literários, congelados há anos, deixando de lado nossos talentos, sendo um incentivo ao surgimento de novos escritores”. Esnog enfatizou: “Acredito que durante a quarentena há dezenas de linhas escritas por poetas e demais intelectuais no anonimato, à espera dos concursos. Animado, ainda cheguei a me inscrever num da Secma, deixando o material digitado, com a inscrição, nas mãos do admirável poeta Nauro Machado, um dos especialistas do órgão, quando fazia parte de corpo editorial da Secma”. Entusiasmado, pediu a força decisiva das autoridades: “Essa é a hora! Sem nosso riquíssimo folclore junino, a caneta é que mostrará ao Mundo o quanto somos mais fortes que o tão temido CoronaVírus. `Live´ literária, só em livros!”
Em nome do panteon maranhense — Outro caxiense antenado na relevância da Literatura da terra, John Ribeiro, jornalista e radialista, e pós-graduando em MBA, em Gestão de Negócios e Marketing Digital, conclamou os jovens talentos a marcarem sua presença relevante, com uma saudação aos nossos pendores literários: “Em época de pandemia, as lembranças nos trazem esperança! É assim a literatura, que perdura em momentos únicos, e que poucos tiveram o privilégio de haver participado, nos últimos tempos, consoante o noticiado, pois os concursos literários ocorriam, com assiduidade, outrora”. John Ribeiro concluiu, poético: “Num mundo totalmente em descoberta, como todo bom caxiense fazemos alusão aos temas mais significativos da nossa vida. Dentre sabiás e palmeiras, em um mesmo espaço tempo, o canto ecoa sempre em nossos ouvidos!”
O prestígio da intelectualidade brasileira — O jornalista, escritor, professor e mestre de Comunicação Social da UFMA, Euclides Moreira Neto, recentemente, empossado diretor da Rádio Universidade, salomônico, voltou à carga, em sua autoridade de ex-secretário municipal da Cultura (2009-12), que realizou todos os certames do Concurso Literário e Artístico Cidade de São Luís e pagou os 10 salários mínimos da lei aos campeões: “Um dos mais antigos do País (a Lei que o criou é de 1955), e os vencedores da última edição foram enganados, sem suas premiações pagas intactas (receberam só sete salários) e nem suas obras premiadas impressas, e nunca mais houve concurso, desde 2015!”— bradou. “Isso é horrível, sabendo-se que a nossa literatura sempre foi elogiada pela Academia Brasileira de Letras e União Brasileira dos Escritores!”— arrematou.