O carnaval passou, e como o de 2021, não teve como deixar saudade, e, em nosso caso particular, porque não tivemos o poder de colocar nas ruas e na Passarela do Samba Chico Coimbra as manifestações dentre mais diversificadas do Brasil, no folguedo, dentre blocos (tradicionais, organizados e afro), escolas de samba, tribos de índios, Corso da Saudade (do Conselho Cultural e Comunitário da Madre de Deus), Bicicleta do Samba, Os Fuzileiros da Fuzarca, Ritmistas da Madre Deus, Bicho-Terra, os hilários C de Asa e B Voadora, etc. Mesmo com alguns imprudentes, insistindo em furar o cerco bom da prevenção, no cômputo geral, prevaleceram as determinações das normas protocolares, quanto uso da máscara e o distanciamento social, significando muito menos vítimas do surto pandêmico, aqui e em outras partes do País.
As estatísticas liberadas pelos órgãos oficiais da saúde, em nível federal e estadual, revelam que chegamos em dezembro de 2021, após 22 meses de Covid-19 no Brasil, com, aproximadamente, 22 milhões de pessoas infectadas pelo vírus e 615 mil mortos pela doença. Forçosamente, surgiram as consequências da pandemia, dentre o aumento da fome e do desemprego, o disparo da desigualdade social, o impacto negativo sobre o sistema de saúde e as diversas sequelas mentais e físicas. Os últimos meses no Brasil foram marcados por avanços significativos na vacinação contra a Covid, com 63% da população brasileira tendo tomado as duas doses recomendadas e 90% recebendo pelo menos a primeira. Nos últimos dias, todavia, surgiu, na África do Sul, a variante Ômicron, com alta capacidade de mutação, o que pode resultar em maior transmissibilidade e até mesmo em maior resistência a vacinas.
Todos nós sabemos que o carnaval é uma belíssima festa brasileira, expressão máxima da nossa cultura que mobiliza o Mundo e movimenta bilhões de reais para o Brasil. No outro ponto, lamentavelmente, poderia ser a porta de entrada de uma nova onda da doença com graves consequências. Assim ficamos com a certeza de que o Carnaval do Povo bom danado de alegria será em2023!
Antes, a TV Globo transmitirá os desfiles das Escolas de Samba do Rio de Janeiro e de São Paulo. Neste ano, excepcionalmente, o carnaval foi adiado de fevereiro para abril, em razão do avanço da variante ômicron. No Rio: 20, 21 22 e 23 de abril; e
São Paulo: 22 e 23 de abril. Em 2023, em todo o Brasil, terá tudo para ser muito melhor!