Na batida do martelo da Bolsa de Valores de São Paulo, os aeroportos de São Luís (Marechal Hugo da Cunha Machado) e de Imperatriz (Prefeito Renato Moreira) foram leiloados na quarta-feira passada pelo governo federal, quando os terminais foram arrematados pela Companhia de Participações e Concessões (CPC) do grupo CCR, e deve administrá-los pelos próximos 30 anos. Informou-se, em consequência, que os dois terminais maranhenses fazem parte do Bloco Central, composto pelo aeroporto de Goiânia (GO), de Palmas (TO), Petrolina (PE) e Piauí (PI) e que foram arrematados por R$ 754 milhões, com ágio de 9.156,01%. Ao todo, serão investidos R$ 1,8 bilhão no bloco. Além do valor à vista, as regras do leilão preveem uma outorga variável, a ser paga a partir do quinto ano de contrato até o fim da concessão.
Em função de que foi leiloada de forma inédita a concessão de 22 aeroportos do País, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) certamente considerou um sucesso à vista com a iniciativa privada na cabeça das administrações. Para tanto, a entidade avaliou que o amplo interesse de empresas e consórcios nacionais e estrangeiros pelo edital evidenciou o resultado positivo das concessões aeroportuárias já realizadas no Brasil. Há mais ganhos na estimativa de observadores: Apesar da crise atual e da queda da movimentação de passageiros, em razão do surto pandêmico do Novocoronavírus (Covid-19), os contratos de 30 anos dão segurança necessária para o investidor. De uma só abocanhada, o governo federal arrecadou R$ 3,3 bilhões com o leilão, além do cálculo de que a União arrecade R$ 6,1 bilhões durante as três décadas de concessão.
Na parte que nos toca mais de perto, só podemos esperar que fique no passado o leque de críticas aos aeroportos de São Luís e de Imperatriz, notadamente em atraso de voos e com as instalações dos terminais deixando muito a desejar em relação a conforto dos passageiros, na espera de embarcar, e visão até de falta de mais modernidade em comparação a outros aeroportos do País. Ficamos na expectativa, inclusive, de que todos os benefícios no Marechal Hugo da Cunha Machado e no Prefeito Renato Moreira aconteçam em Céu azul de brigadeiro, que significa «jogar pelo seguro»; que tudo está bem, conforme, calmo; que não há perigo nem chateação à vista. Aliás, no Brasil, brigadeiro é a patente máxima da arma da Aeronáutica, equivalente à de general, no Exército, e de almirante, na Marinha. E como é só com céu azul – ou seja, limpo, sem nuvens que se vejam no horizonte – que o brigadeiro levanta voo aos comandos do seu avião, a expressão “céu (azul) de brigadeiro» resultou dessa imagem.
Então, Tudo azul em céu de brigadeiro, doravante, para os aeroportos de São Luís e Imperatriz!