Já está consagrado no Brasil todo, que o mês de junho é um dos mais queridos para quem mora no Maranhão, mesmo por que representa um dos meses com maior impulso e valorização cultural por conta do seu principal folguedo, ou seja, o bumba-meu-boi. Deve-se muito a ele, inclusive, o incremento do Turismo, com visitantes de todas as partes, notadamente, de São Paulo, no Sudeste, e do Pará, na Região Norte.
A ideia dos festejos juninos no Maranhão é uma homenagem a quatro santos: Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal. E, em meio a essas homenagens, comidas regionais e ao som de tambores, como do bumba-boi, do cacuriá e do tambor de crioula fazem parte desta grande celebração. É nas raízes africanas do Maranhão que surge a festa o Tambor de Crioula, um ritmo de dança que tem em sua atmosfera instrumentos de percussão tocados apenas por homens e coreografado por mulheres com saias rodadas (as coreiras). A dança surgiu com o objetivo de homenagear São Benedito, e não há uma época do ano certa para ser dançado, mas tem mais força, consabidamente, no carnaval e no São João.
Maranhense bom danado, sobre o bumba-boi, para orientar os nossos visitantes, sabe na ponta da língua e de cor e salteado o enredo que compõe essa atmosfera que tem, resumidamente, a seguinte história: A festa começa pelo desejo de uma grávida (Catirina), em comer a língua do boi mais amado da fazenda onde seu marido (Pai Francisco) era vaqueiro. Para satisfazer o desejo da sua amada, ainda que com muito medo das consequências, Francisco rouba e mata o boi. Quando o Amo descobre que seu boi mais amado foi roubado, manda todos os outros vaqueiros procurarem o traidor. Vendo que não havia mais vida no animal, o dono da fazenda chama o pajé e os índios para fazerem uma reza, na esperança do boi voltar à vida. E assim que o boi ressuscita, uma grande festa é armada, em comemoração a esse fato, com o Nego Chico (Pai Francisco) perdoado.
Porque está combinado que festa boa só presta se tiver comida farta e saborosa, , no São João maranhense não pode faltar alguns pratos típicos da cozinha nativa que são destaque nessa imensa consagração que envolve todo o mês de junho pelo Maranhão afora. Algumas dessas iguarias, são: Torta de caranguejo, torta de camarão, vatapá, caruru, mingau de milho e de tapioca, bolo de manuê, arroz Maria Isabel, e claro, o prato genuinamente maranhense, o cuxá. O arroz de cuxá é basicamente elaborado por ingredientes como: folha de vinagreira, gergelim, camarão seco, farinha de mandioca seca e pimenta-de-cheiro.
Com água na boca, e com as vistas curtindo um dos três maiores, se não o melhor e mais bonito São João do Brasil, por suas brincadeiras diversificadas, os nossos turistas já chegam em grande escala para sentirem o espírito receptivo e acolhedor da famosa boa hospitalidade maranhense!