Nem todas as pessoas gostam das mesmas coisas, ainda mais quando se fala em ritmos, sons e em uma diversidade cultural estonteante existente no país. Manter tradições seculares é obrigação de todos para que a preservação da história folclórica e cultural seja mantida.
Entra carnaval, sai carnaval, e ficamos com a sensação de que estamos fazendo o dever de casa, com a suficiência, pelo menos, para deslanchar o turismo, no período, principalmente ao se obedecer às diversas formas de se fazer carnaval e de se dar a oportunidade aos artistas locais de se apresentarem em palcos, clubes, festas privadas e até trios elétricos (o que na minha modesta opinião deveriam ser jardineiras ou corsos com a mesma potência de som, só que valorizando o que se criou no passado local), fazendo ressurgir a autenticidade da folia maranhense sem deixar de valorizar o que a nova geração traz em suas veias artísticas e gostos musicais.
Outras capitais e estados, com menos atrativos no período, por conta de uma mídia mais forte e antecedente, e por serem mais centrais no mapa do país tornam-se os destinos mais procurados, hospedando nos locais presenças que viabilizarão mais propaganda vantajosa, em suas terras de origem, e lucros vultosos aos hotéis, bares, restaurantes e demais prestadores de serviços no setor.
O Maranhão está no caminho certo, e felizmente a coisa está funcionando, a exemplo da festa na capital e no interior, e até nas grandes capitais do país, com o Maranhão sendo cantado em importantes agremiações do país, como é o caso da Escola de Samba Estácio de Sá, que em 2023 homenageia o mais importante folguedo do Estado, o São João da capital maranhense.
Não é todo destino, em muitas partes do mundo, que ostenta, além de um carnaval alegre e diversificado, um acervo arquitetônico cheio de maravilhas e de encantos das belezas naturais, que servem como mais atrações de receptivo para os bem-vindos recém-chegados para as festas populares locais. Além do mais, somos detentores de um título honorífico (Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade), que, se bem-utilizado a favor do bem-estar coletivo, seria proveitoso para a obtenção de cifras que injetariam mais força na economia e circulação de rendas às camadas sociais, sem discriminação.
Logo, vem ao nosso raciocínio que está nos faltando a junção de esforços das esferas estadual e municipal, com investimentos maiores, para abranger o máximo de publicidade no território nacional e até além-fronteiras, e não só em cima da Festa de Momo, porque assim toda vez é malhar em ferro frio. Viria a calhar, certamente, a exibição de mais filmes de nossas preciosidades carnavalescas, como os exuberantes blocos tradicionais, exclusividade nossa, em todo o País, e, assim, os cordões de tambor-de-crioula, de fofões, de casinhas da roça, e os pontos de visitação fascinantes, dentre outras nossas peculiaridades.
Precisamos abrir diálogos sobre a melhor balneabilidade da orla marítima, para o carnaval maranhense, em São Luís, dar a maior praia! Só precisa das autoridades competentes sentar em torno de uma mesa, e preparar uma festa de arromba, para todo o Brasil, no próximo ano!