A história de Alcântara nos transporta aos tempos dos índios tupinambás, que habitavam a região. Após isso, a presença dos franceses no século XVII, expulsos tempos depois. Em 1648, o povoado tornou-se a Vila de Santo Antônio de Alcântara, ganhando grande importância na região. Durante o século XVIII, houve uma política de reincorporação das capitanias donatárias à Coroa, e Alcântara foi extinta por volta de 1754. Atualmente, a cidade é conhecida por ser sede da base de lançamento de foguetes do Programa Espacial Brasileiro.
Elevada à categoria de Patrimônio Nacional em 1948, Alcântara possui um acervo arquitetônico invejável, e um pelourinho ainda em pé, que ainda atrai turistas do mundo inteiro, e um festejo que a cada ano se mantém firme e vivo em sua mais autêntica celebração.
O ritual da festa – O mastro é uma árvore que, previamente cortada em algum povoado de Alcântara, é transportada até a cidade por meio de caminhões. No meio da tarde, quando se dá início ao ritual, uma multidão se aglomera nesses locais para carregarem e transportarem, os mesmos, até os locais onde serão fincados.
O mastro, assim como o Pelourinho, representa um marco do Império, reproduzido na Festa do Divino. Enquanto o objetivo do Pelourinho era só para a proclamação dos ditais da Corte (tanto que possui no seu topo o brasão da Corte), o mastro também representa a mesma coisa, de tal forma que, após o mastro ser fincado na Praça da Matriz, fica determinado que a partir de então o Império manda em toda essa região.
A festa do Divino Espírito Santo surgiu na Idade Média, no final o século XIII, e se espalhou pela Europa. Entre o final do século XV e início do século XVI o culto ao Espírito Santo, ligado à festa do império, tomou corpo em Portugal, tendo se estendido aos domínios da Coroa Portuguesa na África, Índias e aos arquipélagos de Madeira e Açores, daí chegando ao Brasil. Em Alcântara, a festa remonta aos fins do século XVII e início do século XIX.
Ao longo da festa acontecem missas, ladainhas e procissões, bem como outros rituais de caráter profano, como a busca e carregamento dos mastros, a subida dos bois e os cortejos. Durante a festa se observa o luxo das roupas, altares, tronos e das mesas ricamente decoradas, com grande fartura de alimentos: doces de espécie, licores e o tradicional chocolate, tudo servido gratuitamente a todos que comparecem ao festejo mais importante de Alcântara.










































































