Lua Crescente
“São Jorge é um santo guerreiro/Mas é justiceiro/Você se julga demais por que tem dinheiro/Cuidado com a maré de azar/Eu tenho visto muito edifício desabar”, Patativa
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“Sou de pouca fala, já dizia ela. Viveu como bem quis. Viveu bem. Fez do viver um alegre carnaval. Escrevi a pedido de Inácio Pinheiro, uma letra inteiramente ela, que Betto Pereira musicou e Inácio Pinheiro gravou para o Bicho Terra, com arranjo de Gordo Elinaldo. Ei, Patá! Nós sabemos de ti. Estás em nossos corações.”
Josias Sobrinho – Cantor, Produtor e Compositor
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“Patativa é (porque poetas não morrem) uma grande e corajosa compositora maranhense. Sambista, mas não só. Compunha reggaes, marchinhas de carnaval e boleros também. Mulher, negra e pobre, lutou com todas as armas que tinha (inclusive trabalhando como doméstica) para sustentar a família e realizar o sonho de gravar discos e subir aos palcos, coisa que só realizou depois dos 70 anos, algo semelhante ao que ocorreu com outras mulheres do samba, igualmente geniais, como Clementina de Jesus e Dona Ivone Lara, que só saíram do anonimato tardiamente. Pedreirense como João do Vale, Patá urdia com primor os seus “sambas de bêbado”, todos de letras curtas para serem facilmente decorados. Seus sambas eram crônicas da boemia, da vida pequena dos subúrbios, da malandragem lírica, aprendida nas esquinas do icônico bairro da Madre Deus, em São Luís. Ela parte, mas sua obra imensa fica. Tive a honra de produzir, ao lado de Luiz Jr. e Samme Soraya (produção executiva) os dois únicos registros discográficos de sua obra.”
Zeca Baleiro – Cantor, Produtor e Compositor
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Patativa durante o Segundo Encontro Nacional de Mulheres na Roda de Samba, Ano Leci Brandão, em São Luís do Maranhão, 2019. Organização: As Brasileirinhas
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“Patativa é a voz que embalou gerações com doçura, força e ancestralidade. É uma das almas mais brilhantes deste chão. Patativa era mais que uma cantora. Era uma guardiã da memória, um elo vivo entre ontem e o agora, entre o tambor ancestral e a esperança da gente. Sua voz não era apenas melodia: era afeto, era riso, era resistência. Nos palcos ou nas ruas, na praça ou na feira cantava como quem reza — por nós, pelos nossos, pela cultura que nunca se dobra. Silenciam-se as matracas e os pandeiros, as caixas do cacuriá, baixam-se as bandeiras do divino, e no coração da gente, brota uma saudade imensa. Patativa não nos deixa por completo. Ela se faz presente em cada festa, em cada cantoria, em cada criança que aprende a amar sua terra ouvindo os cantos que ela eternizou. Que os tambores toquem suave lá no alto, para recebê-la como merece: com reverência, flores e alegria. Porque Patativa foi luz — e agora é estrela. Voa alto, Patativa. Obrigado por tanto”.
Itevaldo Júnior – Jornalista e Escritor
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“A nossa querida amiga, Patativa do Maranhão, Dadinha para os próximos, cantora, compositora e militante cultural por décadas no bloco tradicional Fuzileiros da Fuzarca, faleceu na noite de terça-feira, 06 de maio 2025.! Patativa morava com sua filha Wanda e a neta Santinha e bisnetos, na Vila Embratel! Que Deus a receba e acolha na vida eterna”.
Ronald Almeida – Arquiteto e Entusiasta Cultural
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“Viva sua vida alegremente porque tristeza não paga dívida”, fala Patativa. Mulher, pura essência de uma artista popular…A Vida é uma Festa, Fuzileiros da Fuzarca, Turma do Quinto, Boi da Madre Deus…É babado todo dia, pra sempre, na luz celestial, Patativa!
Vanessa Serra – Jornalista, produtora e DJ
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Check In
*O/A Alvorada – Paisagens e Memórias Sonoras acontece todos os domingos, ao vivo, de 7h às 9h da manhã na Rádio Timbira, 95,5FM. O programa tem criação, produção, apresentação e operação musical da jornalista e DJ Vanessa Serra. Acompanhe na Rádio Timbira, 95,5 FM, no site www.radiotimbira.ma.gov.br. E pelo instagram @vanessaserrah. O programa é inspirado nas tradições dos folguedos populares e nas lembranças musicais afetivas; destaca-se a produção fonográfica brasileira dos anos 40 a 90, e recortes do Maranhão; só vinis.
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