Sabemos da importância histórica da cultura popular para um Estado. Sabemos da necessidade de preservação e manutenção de tradições culturais e folclóricas em uma potencialidade rítmica que o Maranhão possui. As apresentações carnavalescas são apenas um momento de exaltação deste que é um estado valorizado pela sua diferença e autenticidade.
O parangolé está formado e tem tudo para ser mais um abacaxi espinhento para o prefeito Eduardo Braide descascar: Nas intervenções estruturantes realizadas pelo ex-prefeito Edivaldo Holanda Júnior, no Anel Viário, na adjacência da Fonte do Bispo, foram retiradas boas condições de espaços para as agremiações carnavalescas se movimentarem, e nós estamos falando de escolas de samba, blocos tradicionais, blocos organizados (charangas), tribos de índio, tambor de crioula, blocos afro, grupos de fofões, corsos, que sabiam de cor e salteado que no carnaval ali era o espaço sagrado deles desfilarem na Passarela do Samba.
Para especialistas em engenharia, aliás, sobre ainda o espaço da Passarela do Samba, que é vital para a sobrevivência dos grupos que participam dos concursos oficiais da temporada carnavalesca, a área foi espremida com a eliminação da via auxiliar de acesso às entidades artísticas dos eventos ali realizados, prejudicando assim, os próximos sucessos culturais que ali deverão ser realizados.
Com a apreensão a olhos vistos, para veteranos carnavalescos, os maiores imbróglios estão relacionados à falta de espaços para as apresentações das diversas manifestações culturais que se utilizam daqueles locais públicos, no folguedo, pois não há como contemporizar a grande demanda de público apreciador e praticante que para ali se deslocam nas temporadas de cada ciclo festivo. Desse modo, considerando que a confusão está formada, Edivaldo Holanda Júnior, também no entorno da Fonte do Bispo, no Anel Viário, em relação ao melhor espaço para os atores da folia momesca, está deixando outra herança complicada para o seu sucessor, que, para os carnavalescos calejados, deverá ter a missão de contemporizar os interesses em questão, e nesse sentido vão formar uma comitiva com todas as representações da folia maranhense, para levarem suas demandas ao Palácio de La Ravardière.
Se houvessem firmado questão de honra pela Passarela do Samba fixa, não haveria como agora passarem por esse sufoco, sem uma luz no fim do túnel, pelo menos até receberem do atual alcaide a possiblidade de uma resolução a contento, para o interesse de São Luís, que tem no seu carnaval de Passarela do Samba uma grande chance de movimentar mais o turismo, no período, além da autoestima de cada escola de samba e outras agremiações trazerem para aquela parte do Anel Viário o seu bairro de origem. Ali, ainda há espaço para construírem a Passarela do Samba definitiva, até para barracões das agremiações. É só unirem as forças e não perderem mais esta oportunidade, como há muito tempo o JP Turismo veio chamando a atenção de todos para o bem-comum!