

a cidade, deixando o seu legado – João Ramid
Sem dúvida, a COP 30 é um divisor dos tempos para Belém, e em breve teremos a capital paraense de antes e de depois da Conferência do Clima. Uma cidade em transformação em todos os segmentos.
Recentemente, a Prefeitura de Belém já entregou importantes obras para a cidade que se prepara para o maior evento global de debates climáticos a ser realizado em novembro de 2025 aqui na capital paraense.
Na lista de entrega, o Complexo Turístico Ver o Rio, um dos cartões postais da cidade no bairro do Umarizal, na fronteira da Avenida Doca de Souza Franco. O complexo recebeu uma revitalização completa, incluindo o Memorial dos Povos Indígenas e o Memorial dos Povos Negros.
Com a revitalização deste logradouro, Belém comemorou um total de 49 praças revitalizadas, incluindo as do Portal Amazônia e a praça do Boulevard da Gastronomia, ambas dispostas dentro do corredor turístico em Belém.
A Prefeitura de Belém iniciou também a revitalização da Via dos Mercadores, que envolve a rua Santo Antônio e avenida João Alfredo, no centro comercial com a proposta de resgatar o charme da Belle Époque. Para iniciar a obra foi necessário garantir uma Ordem de Serviço (OS) de R$ 5 milhões. As obras vão complementar a reforma integral do Complexo do Ver-o-Peso, o mais emblemático cartão-postal da cidade e uma das obras preparatórias de Belém para COP-30.
Na outra ponta das obras, o Governo do Estado do Pará que colocou em sua conta e responsabilidade a execução de uma ampla frente de trabalho com mais de 30 obras em andamento simultaneamente na Região Metropolitana de Belém.
Entre as obras, os parques, centros de eventos, pavimentação asfáltica e terminais hidroviários que atenderão o fluxo turístico em direção às ilhas. As intervenções não param por aí, elas vão contemplar melhor trafegabilidade, maior rede de mobilidade, e de saneamento e a criação de áreas verdes e de lazer, entre outras iniciativas.
Entre as obras, às atenções estão voltadas para a Nova Doca, o Parque da Cidade a reestruturação e finalização de entorno das obras da BR 316; o Complexo do Mercado Ver-o-Peso, a Feira do Açaí e o Mercado de São Brás. Reestruturação
Texto: Christina Hayne
Mercado de São Brás reúne modernidade e preservação arquitetônica em Belém


O Mercado de São Brás abriu às portas com as obras ainda em andamento, porém, a primeira parte de reestruturação do prédio, que inclui espaço destinado a eventos culturais, o pavilhão norte, já está liberada.
A reestruturação do Mercado de São Brás, que remete o imaginário das pessoas a Belle Èpoque de Belém, foi assinada pelo arquiteto Aurélio Moura e teve um custo orçado em R$ 118,3 milhões e segundo a Prefeitura Municipal de Belém, até novembro do corrente ano os 300 espaços comerciais estarão em funcionamento.
Com a reestruturação, assinada pelo arquiteto Aurélio Meira, o espaço reformado vai integrar restaurante de alta gastronomia e pratos populares, um centro de convenção, áreas para feiras e outros eventos e espaços comerciais.
Visto por fora, o velho Mercado de São Brás mantém suas linhas arquitetônicas intactas, do teto ao piso, porém, em seu interior, a tecnologia transformou o velho casario do século passado, praticamente em ruínas, em um centro comercial moderno e multifuncional, com aproveitamento de energia solar, estações de tratamentos de água e esgoto, compostagem do lixo ali gerado com produção de energia, tudo de forma sustentável como requer a nossa capital em tempos de COP 30. Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas, que acontecerá em novembro de 2025.


Transformado em setores gastronômicos, de comércio e serviços, e mantendo sua característica original, a Prefeitura de Belém instalou equipamentos modernos como escadas rolantes, elevadores, sistema de ar condicionado além de garagem subterrânea com capacidade para mais de 200 veículos, com estacionamento pago.
O velho mercado anexo de hortifrutis, pescados e açougues, mereceu o mesmo cuidado e todos os antigos permissionários serão mantidos em seus novos espaços incorporando outros negócios.
Segundo os coordenadores, o Mercado será administrado no sistema condominial com vida própria e sem custo para os cofres públicos.


A iluminação noturna da fachada e suas laterais, o requinte do acabamento e os detalhes das varandas e sacadas, conferem ao mercado uma beleza palaciana e fazem renascer na memória uma Belém da “belle époque” no período áureo da borracha. O espaço irá abrigar pequenos, médios e grandes empreendimentos, para todos os gostos e bolsos.
Que venha a inauguração deste importante equipamento turístico da cidade de Belém.
Texto: Pedro Medina