Uma das marcas da gestão do prefeito Edivaldo Holanda Junior (PDT) na reta final do seu segundo mandato tem sido a inauguração ou a reforma de praças em diversos bairros da cidade.
Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade está eliminando as bancas dos logradouros públicos
Na região do Centro Histórico, as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) já reformaram duas praças importantes: os complexos Deodoro/Pantheon e João Lisboa/Largo do Carmo.
As reformas melhoraram os ambientes, mas eliminaram as bancas de jornais e revistas. O mesmo ocorreu na requalificação da praça da Bíblia, onde uma pequena banca estava instalada e foi excluída do local.
O processo de extermínio chegou ao bairro Renascença II, nas imediações do shopping Tropical. Nestes casos, por ação do Ministério Público.
Diante das ameaças, os gestores das bancas começaram a criar uma associação com o objetivo de unir e organizar a categoria para buscar meios de manter as suas instalações e assegurar a sobrevivência de pais e mães de família que trabalham como difusores culturais em São Luís, alguns com mais de 20 anos de atuação.
O trabalho de organização da associação já iniciou e teve prosseguimento durante uma reunião no último, sábado (5 de setembro), na sede do Sindicato dos Servidores Federais (Sindsep), no Monte Castelo.
Equipamentos culturais
As bancas são equipamentos culturais da cidade, não só um local de comércio e fonte de trabalho e renda para os seus gestores e familiares. Elas servem para congregar as pessoas, difundir produtos informativos e de entretenimento fundamentais para a formação educacional dos usuários.
Além de ser fonte de trabalho e renda, as bancas são lugares de encontro entre os frequentadores e servem ainda como ponto de referência para fornecer informações variadas. É muito comum as pessoas irem às bancas para saber os itinerários de ônibus ou identificar locais públicos e privados de prestação de serviços.
Para as bancas convergem também públicos especiais como os produtores e fãs de histórias em quadrinhos (HQs), produtos culturais fascinantes para crianças e adultos de várias gerações.
Informalmente, as bancas funcionam até mesmo como pontos de informação turística em São Luís. Apesar de tudo isso, sofrem perseguições.
Transformações
Os gestores das bancas estão atentos às transformações tecnológicas que diminuíram o consumo dos produtos impressos diante do processo de digitalização.
Eles sabem que precisam se adaptar à nova configuração do mundo digital, mas não admitem a extinção. “Vamos nos adequar às mudanças e queremos seguir ocupando os espaços da cidade como produtores culturais diante das novas modalidades tecnológicas”, pontuam em coro os gestores das bancas.
Uma das propostas é modificar a nomenclatura de banca de jornais e revistas para ponto de cultura. A definição ainda está em curso e será parte do diálogo na construção da associação.
Os gestores também estão abertos ao diálogo com os poderes público e privado para formar parcerias. Se já são pontos de difusão cultural, as bancas poderiam ser incorporadas ou adicionadas aos projetos e ações de incentivo ao turismo em São Luís.
As instalações poderiam ser padronizadas com as motivações arquitetônicas e imagens do conceito colonial da cidade e ser equipadas com plataformas tecnológicas capazes de oferecer serviços e conteúdos aos usuários.
É possível encontrar alternativas junto às secretarias municipais e estaduais, de forma interdisciplinar, convergindo Cultura, Turismo, Ciência e Tecnologia.
Presas apenas ao mundo analógico as bancas não podem ficar, mas também não devem ser extintas, apagando as marcas culturais da cidade e as fontes de sobrevivência para tantas famílias.
Que venha o diálogo para o bem da cidade.
Ed Wilson Araújo – Jornalista e Professor da Universidade Federal do Maranhão – Ufma
uma praça no centro histórico ou em qualquer bairro de alta movimentação de pessoas no meu ponto de vista uma banca de jornal, revista e essencial, não pelas coisas q é comercializado mas pela cultura milenar e históricas universal, elas fazem parte da historia de muita gente e ate mesmo das cidades, só pessoas sem cultura não ver isso, e essa engenharia comprada não tem nenhuma criatividade para criar algo no sentido de manter o q ja faz parte da cultua milenar, mas um ser sem vida mas q é vivo q não sobrevive no universo ignorante da politica sem noção.