Fundado em 1995, pelo jornalista e publicitário Gutemberg Marques Bogéa, o JP Turismo circulou como encarte do Jornal Pequeno, pela primeira vez, na edição de 23 de março daquele ano. O suplemento trouxe, inicialmente, a proposta de mostrar o turismo maranhense, praticamente ignorado, àquela época, pelas autoridades e pelos segmentos diversos da imprensa, embora teimosamente cativado pelos intelectuais maranhenses. Tratava-se, sem sombra de dúvida, de um grande potencial desconhecido dos agentes e produtores turísticos do País.
O JP Turismo acabou por criar uma verdadeira escola de jornalismo turístico, desenhando um futuro promissor, tanto para a parcela da imprensa que se especializou no assunto, como para os destinos que aqui se subdividiriam em Chapada das Mesas, Lençóis Maranhenses, Delta das Américas, Patrimônio Cultural e Arquitetônico e entre outros que acabariam por chamar a atenção do Mundo. O suplemento também abriu espaço para a divulgação de muitos destinos turísticos. Ir ao encontro do Brasil, da América e ao Mundo, eram propostas que, pelo menos necessariamente, não estavam nos planos destes desbravadores do jornalismo turístico do Maranhão, quando das primeiras publicações. Mas não demoraria muito e notícias de todos os estados do Brasil e algumas das principais capitais do Mundo passariam a constar das páginas do inédito suplemento.
Cronistas ousados, como o jornalista e poeta Herbert de Jesus Santos, e José Ribamar Reis, impuseram às letras maranhenses uma visão menos decorativa do nosso folclore. Repórteres destemidos invadiram o interior do Estado, desvendando belezas nunca noticiadas. De tudo um pouco circulou por aqui. Desde os megalomaníacos encontros de empresários internacionais, nas grandes metrópoles, até a situação deprimente em que os indígenas sobreviviam nas reservas do Maranhão e do Brasil.
Colunistas apaixonados por esse irrequieto caldo de cultura do Estado, desvendaram cada canto de São Luís, onde um som respirasse, fosse da capoeira arrastada da África, fosse da Música Popular Maranhense ou dos salões da alta sociedade. Obviamente que não tardaria muito até que o turismo se tornasse um dos mais efervescentes setores da economia. O Brasil começava a descobrir o Maranhão e o Maranhão se preparava para receber o Mundo.
A religiosidade do povo, na encantaria do bumba-boi, na batida exasperante dos tambores de Crioula e de Mina, nas lendas fantásticas que escorreram das senzalas e das igrejas, criaram uma aura apaixonante de misticismo e miscigenação que cativam. As autoridades, convencidas pelo fluxo crescente de visitantes, se esforçaram mais para divulgar o singular patrimônio de que dispúnhamos. E o JP Turismo, certamente, há 26 anos, deu sua contribuição, fez parte desse esforço que ainda permanece, para colocar o Maranhão no lugar que lhe é devido na paisagem turística do Brasil. Que possamos agora nos acalmar e continuar difundindo esse maravilhoso Estado nas nossas páginas, que nos seguremos nas nossas vontades de mostrar ao mundo ao vivo as nossas belezas, pois agora é hora de conter a emoção e nos cuidarmos, pois em breve estaremos de volta vivendo experiências fascinantes que o turismo tem a nos oferecer. Viva, 23 de Março.

