Com a reinauguração do Mercado das Tulhas (Feira da Praia Grande), entregue pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior, na última segunda feira, às 19 horas, e que passou por reforma completa, com intervenções na estrutura física, elétrica, hidráulica e sanitária, em seu espaço de grande valor histórico, São Luís ganhou de volta um dos seus principais pontos turísticos.
Com o potencial turístico da nossa Cidade os produtos regionais voltam a ganhar visibilidade em um dos principais mercados da capital, quer pela grandeza do seu Centro Histórico, assim como pela variedade de seus produtos, o que nos proporciona a possibilidade de ter um receptivo de mais rentabilidade e percentuais de visitas importantes para os mais diversos segmentos sociais, além do setor hoteleiro, gastronômico e cultural.
O conjunto arquitetônico do Centro Histórico de São Luís é composto por casarões seculares, revestidos por azulejos portugueses, que reúne um acervo com mais de mil prédios construídos entre os séculos 18 e 19, que são tombados pelo patrimônio federal.
As peculiaridades como traçados lineares nas ruas, com desenhos geométricos, quadras bem desenhadas, garantiram a São Luís, o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.
Não é difícil ouvirmos que quem anda entre as ruas do Centro Histórico se encanta com a riqueza dos casarões e tem a sensação de viajar até os séculos passados, em uma espécie de livro de história com uma riqueza de detalhes infinita.
A Feira da Praia Grande se encontra encravada no coração do tradicional bairro da Praia Grande, em São Luís. Ali, os feirantes comercializam inúmeros produtos, notadamente os regionais. Com facilidade o consumidor pode comprar desde uma farinha de carema, de coco, amarela ou branca, tomar uma juçara com um camarão seco de Tutoia, apreciar um doce de espécie de Alcântara, e degustar ainda a variedade de aguardentes do melaço da cana-de-açúcar, assim como as cachaças temperadas à base de catuaba nos quiosques do ambiente, e ainda abrir o apetite para comer um gurijuba ou um uritinga no leite de coco nos mais diversos restaurantes ali instalados ou comprar um peixe no salpreso para preparar no leite de coco.
O espaço arquitetônico da feira é magnífico, ocupa uma quadra inteira, com quatro entradas principais. O ambiente, poético, favorece a boemia e, nos finais de tarde, é bastante comum se encontrar poetas, músicos, artistas visuais, bailarinos, cineastas, dentre outros, tomando uma cerveja e trocando ideias sobre projetos culturais. A essa fauna se associa funcionários públicos, produtores culturais, profissionais liberais, a comunidade e, naturalmente, os turistas, que também são atraídos pelas inúmeras lojas de artesanato que se multiplicam pelo local.
A gastronomia maranhense é rica e diversificada, e oferece uma diversidade de dar água na boca. Cuxá, arroz de cuxá, peixe pedra frito, pescada amarela ao molho de camarão, beijus, gengibirra, tiquira, caruru, sucos de bacuri, cupuaçu, cajazinho, murici. Aqui existem frutas que se transformam em licores deliciosos, como os de jenipapo, tamarindo, caju, doces de espécie, cuscuz ideal e quebra-queixo que são delícias que podem ser encontradas facilmente à venda no Mercado das Tulhas, no Centro Histórico de São Luís. Que o turismo volte com muita força, e que o Maranhão possa se apresentar aos visitantes como uma vitrine de valores imensuráveis. O que realmente sempre foi e sempre será. As belezas históricas locais são patrimônio do povo maranhense, cabe aos gestores escolhidos para administrar a manutenção e preservação dessa herança, a cada gestão!



