Estamos na proximidade do transcurso de mais um Natal, a Data Magna da Cristandade, a lembrança viva do Filho de Deus que veio à Terra com a missão de ser o Messias, o Salvador de toda a Humanidade. O Nascimento de Jesus, na comemoração dos lares cristãos, a comemoração festiva que tem o poder de revigorar as esperanças de todas as famílias que se congraçam em laços de concórdia e da proposição de que não só podemos, como devemos, estender cada vez mais os laços de amor aos próximos, aos nossos semelhantes.
Um Natal que possa vim aflorar a esperança de que os sinos do coração badalem mais fortes, visando a construção de um mundo melhor, cada vez mais iluminado pela chama do amor, da paz e da fraternidade. O momento é de reflexão, de se exercitar um olhar mais rigoroso para dentro de cada um de nós, revelando a nossa humanidade, para que cada um possa repensar melhor as suas vidas, atitudes e ações.
Nesta época que relembra o nascimento de um ser iluminado, um Cristo que veio nos mostrar com sabedoria o caminho do coração, da solidariedade e do amor, o momento aponta para a necessidade de se praticar uma análise mais ampla do que está acontecendo no mundo, de termos um pouco de sabedoria e vermos que a maldade, a ganância, a prepotência, e a desconstrução tem se evidenciado por todos os lados, e que a dignidade humana tem sido colocada em segundo plano.
Data consagrada à reunião familiar, à paz, à fraternidade e à solidariedade, o Natal significa muito mais que uma festa, na qual, em sua maioria, a preocupação é com suas vestimentas, cores, moda, comprados especialmente para esta época e compartilhado por quem observa e é observado durante os tradicionais passeios e noites natalinas. Nesse contexto, o sentido natalino se resume à vaidade individual, em detrimento da comemoração coletiva em torno de um momento mágico e espiritual, cujo enredo original é bíblico e sublime, representando a sabedoria em interpretar as emoções de um acontecimento extraordinário.
A reflexão deste Natal precisa ser analisada, principalmente no que vem acontecendo na natureza nas últimas décadas. A discussão da vida e do habitat humano precisa ser mais explícita. O mal tem consumido o planeta, conspirando a favor da sua destruição. O sol escaldante tem sido um dos inúmeros problemas causados no dia a dia da população, um calor que aumenta com os impactos devastadores das indústrias nos países mais desenvolvidos, afetando o homem, a natureza e a saúde mundial.
Não se vê mais correr nos leitos dos rios as águas com a sua limpidez. As fontes que jorravam o líquido precioso agora secam, prometendo um futuro devastador para a humanidade.
As discussões mundiais ficam só nos debates que não levam a lugar nenhum. As organizações que gritam por socorro e confrontam os países que causam os efeitos estufas, já atuam em tom de suplica, buscando minimizar os impactos e garantir ao menos a capacidade da Terra de nutrir a vida em toda a sua diversidade, o que tem sido quase impossível.
Então que esse Natal, seja um momento de uma reflexão profunda, de uma análise ferrenha do que queremos e buscamos para o futuro. E que o senhor abençoe todos os lares no Brasil e no mundo, sob as bênçãos de nosso senhor, e que assim possamos ter um Natal realmente de paz, amor e harmonia, nada mais!