Teve início na última quarta-feira, em Alcântara, com a busca e o levantamento do mastro do Imperador, mais um festejo do Divino Espírito Santo, tradição religiosa e profana que se perpetua na cidade patrimônio histórico nacional, e que atrai turistas de todo país, numa celebração que marca este período no Maranhão, no qual a fé move a devoção à terceira pessoa da santíssima trindade, aquecendo o turismo religioso em nosso Estado e solidificando a cultura popular maranhense, rica na sua diversidade e pujança. O festejo se prolongará até o próximo dia 8 de junho, domingo de Pentecostes, cumprindo um rico período de rituais marcados por missas, procissões, ladainhas, cortejos e distribuição de donativos a pessoas carentes, ao lado de atividades festivas.
Neste ano, o festejo adentra o mês de junho e anuncia mais um período junino que irá aquecer o turismo local. Destaque inicial para a bela decoração que está sendo feita na Praia Grande, área tombada pela Unesco como patrimônio cultural da humanidade, Praça Maria Aragão e no Arraial do Ipem no Calhau. Decorações tradicionais com bandeirinhas que trazem como detalhes mosaicos representativos de personagens e símbolos da nossa festa popular mais significativa do Maranhão.
Os traços de um órgão criado e mantido pelo povo do Maranhão
Uma história de resistência e memória da imprensa maranhense
Intitulado por seu fundador como o “Órgão das Multidões”, em seu editorial do segundo ano de atividade (29.5.1952), Bogéa retratou bem o que seria o JP todo tempo: “Festeja o Jornal Pequeno, na data de hoje, a passagem do seu segundo aniversário de existência. Apesar de todas as campanhas e do ódio daqueles que têm medo da verdade, o órgão do povo marcha, impavidamente, sempre pugnando pelo bem-estar coletivo.”
José Ribamar Bogéa, fundador do Jornal Pequeno foi consagrado por sua integridade por colegas de profissão e por funcionários que no Jornal Pequeno construíram sua história na empresa, da altura de Salvador José de Lima (inmemoriam), que publicou: “A história do jornalismo maranhense tem em José Ribamar Bogéa, as suas expressões mais elevadas. Ele tinha em comum o respeito aos princípios da honorabilidade, não confundia seus deveres de jornalista com subserviência aos interesses dos poderosos. Sabia valorizar com alto espírito de honestidade o seu verdadeiro papel de profissional da informação em seu relacionamento com as autoridades. Em seus trabalhos, escrevia a notícia, a reportagem e o artigo baseados em fatos, independentemente de interesses pessoais. Por outro lado, não era simplesmente agressor gratuito ou por interesses contrariados. Para ele, o que importava, acima de tudo, era verdade, como lema fundamental da sua profissão! Sem sombra de dúvida, o JP, unha e carne com seu fundador, evidenciava as falhas dos gestores públicos, já muito à vista da decepção do anseio popular, que não era beneficiado com as políticas públicas, como dizia o poeta e jornalista Carlos Cunha, em termos civilizados, sem cair na espiral da vulgaridade. As acusações sempre a serviço de carrear melhores condições para a população mais pobre, essencialmente. Afinal de contas, encarnava, com todas as letras, a bandeira hasteada de Mantido pelo Povo do Maranhão!”.