Foi mais um momento de celebração da intelectualidade e trajetórias marcantes dos vitorienses. A cidade deu mais uma vez início às celebrações fundamentadas na inauguração da Igreja Matriz de Nossa Senhora de Nazaré, marco referencial da história da cidade debruçada às margens do Rio Mearim. Uma inauguração datada de novembro de 1784.


A história de Vitória do Mearim, cidade distante 178 km da capital, acumula episódios marcantes no trajeto da formação do povo maranhense, com origens fincadas no remoto século XVII, refletida agora através de um festival que nos reporta à história de sua gente em especial, remontando toda sua identidade literária e histórica e assim exaltando novas artes que se incorporaram à vida vitoriense ao longo dos tempos.


O evento é uma realização da Academia Vitoriense (Instituto de Literatura, História, Geografia, Artes e Ciências), em parceria com a Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré de Vitória do Mearim.
A programação teve início no sábado, dia 15 de novembro e se estenderá até o dia 29 com uma série de atividades entre seminários, amostra de talento teatral nativo, amostra do talento musical, recitais, homenagens a presentes, reverências póstumas, conferências, mesa-redonda, lançamento de coletânea, sorteio de exemplares de livro, a concorrida Serenata Volante, campanha pela Valorização da Identidade Cultural local, e outros eventos que se encaixam perfeitamente bem na proposição do festival.


A solenidade de abertura, no Auditório do Instituto Nossa Senhora de Nazaré, foi feita com a leitura das datas de aniversários de acadêmicos e personalidades, acontecidos neste ano; após os registros aconteceram o III Seminário de Valorização Histórico-Cultural de Vitória do Mearim: painel sobre o jornalista vitoriense João da Matta de Moraes Rego, um dos patronos do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM); com performance da atriz Loren Nolasco, amostra do talento teatral vitoriense: monólogo Quem Sou?; homenagem a filhos da terra finados nos últimos 12 meses, representados por Hélida Leite Cantanhede, Marília Pinto Sousa, José Filomeno dos Santos Filho e Viriato Olímpio Rodrigues Figueiredo; in memoriam ao advogado José Gervásio Maciel Neto; distribuição de exemplares do título 1784 e Outros Momentos Marcantes da História de Vitória do Mearim, de Washington Cantanhede; tendo a noite encerrada com coquetel e sarau musical.
A programação do segundo final de semana do II Festival da Cultura Vitorinense teve início na quinta-feira (20/11) com momento teatral, lançamento e sorteio de livros, no pátio do Jardim de Infância Menino Jesus, no Bairro Manijituba; assim como a segunda amostra do talento teatral vitoriense: apresentação, pela Companhia Artística e Cultural Amigos da Arte (GADA), do solau (adaptado) Jovino, o Senhor de Escravos, de Trajano Galvão de Carvalho, comemorando os 170 anos de criação dessa peça; apresentação e sorteio, entre os presentes, do romance Agontimé e Sua Lenda: Rainha, na África, Mãe de Santo, no Maranhão, de Judith Gleason; homenagem a vitorienses falecidos nos últimos 12 meses, representados por Iolanda Leite Coelho, Cirineu Leite Coelho, Antônia Fernandes, Paulo José Gomes Correa, José Roberto Nunes, José Raimundo Pereira (Gigi) e Raimundo Nonato Mendonça (Gibi Jibu); sorteio entre os presentes de exemplares do livro Humberto de Campos, Evocações de Uma Vida, de Amparo Coelho; e coquetel com momento musical.


Noite da Serenata Volante
Tendo como espaços mais emocionantes as ruas, a segunda Serenata Volante abriu a programação noturna do festival. A seresta percorre as ruas da cidade, com músicos maranhenses renomados e declamações poéticas da Academia Jovem, em reverência ao poeta, cronista e contista Arimatea Coelho, pelos seus 70 anos de idade. Na frente da casa da professora Maria Clara Gomes, leitura de um texto e Serenata Volante mediante pausa, e apresentação de um projeto de resgate e valorização da tradição musical do município.




A festa ganhará novas atividades neste sábado, dia 22
O sábado promete ser de muitas atividades, às 19h30min, no pátio do Jardim de Infância Menino Jesus/Bairro Manijituba, o III Seminário de Valorização Histórico-Cultural de Vitória do Mearim e outras atividades culturais, dentre: palestra: Enfrentamento da Hanseníase na Baixada Maranhense; mesa-redonda: o aniversário de 340 anos da execução de Manoel Beckman e sua repercussão sobre a história vitoriense; homenagens: centenário de Miguel Arcanjo Pereira (Miguel Ourives); e póstuma à vendedora ambulante pioneira Iranilde Queiroz, falecida há quase um ano; lançamentos: e da coletânea na Folha da AVL, de Washington Cantanhede e Arimatea Coelho; e distribuição de exemplares desse livro aos presentes, com momento musical seguido de coquetel.
Uma sessão solene, no pátio do Jardim de Infância Menino de Jesus, no Bairro Minjituba, às 19h30min, marcará o encerramento do III Seminário de Valorização Histórico Cultural de Vitória do Mearim; Palestra Antônio Moysés Netto e A Geração Hora de Guarnicê, 50 Anos Depois; lançamento do livro póstumo de poesia Função Existencial, de Antônio Moysés Netto, comemorativo dos 50 anos do seu primeiro livro de poesia, Os Tamancos do Vaqueiro; de 1975; e homenagem ao comerciante José Walter Nunes pelos 50 anos de vida, moradia e trabalho em Vitória do Mearim (desde 1975).


Com coquetel de confraternização ao som de hits nacionais e internacionais do ano de 1975, o II Festival da Cultura Vitoriense terá o fecho com uma proposição que tem tudo para fazer Honra ao Mérito, na promoção e organização da Academia Vitoriense/ Instituto de Literatura, História e Geografia, Artes e Ciências: trabalhar com perseverança e competência em favor da Valorização da Identidade Cultural Local.


atraída por trabalhos de expressões artísticas variadas, incluindo música, literatura e religiosidade – Foto: Divulgação
A palavra do presidente da Academia Vitoriense
“O II Festival da Cultura Vitoriense, sendo o primeiro realizado em 2024, é uma iniciativa da Academia Vitoriense/Instituto de Literatura História e Geografia, Artes e Ciências. É uma entidade que, por ser a sucessora de outra que fora fundada em 2000, somando-se os períodos de existência das duas entidades, pode ser considerada a Academia Vitoriense como uma experiência que já conta um tempo de 25 anos: de 2000 a 2025 E a gente resolveu estabelecer como realização anual esse Festival da Cultura Vitoriense, a fim de valorizar efetivamente os nossos traços culturais, os nossos nomes em destaque ao longo da história, os vitorienses que se notabilizaram pelos seus feitos grandiosos e importantes para o município em vários setores; os fatos constitutivos da nossa história de um modo geral, e especialmente da nossa história cultural, tudo isso entra, além dos traços culturais, na identidade do povo local, em consideração, que é objeto de apresentação,exposição, avaliação e debate, no âmbito desse festival. Dentro do festival, estamos realizando o III Seminário de Valorização Histórico-Cultural de Vitória do Mearim. Vitória do Mearim é um municipio muito antigo e é a sede de uma área de colonização mais antiga ainda, se somarmos o tempo em que existiu o Engenho de Manoel de Manoel Beckman, que ficava localizado onde é o centro da cidade de Vitória do Mearim, atualmente, e aí teremos uma história de 370 anos, aproximadamente. É uma história rica.Isso justifica a realização desse festival! Como se não bastassem os valores no transcurso do tempo A própria contagem justifica a realização desse festival pela Academia, por dever estatutário. Essa é a segunda edição; já realizamos a primeira sempre nesse mês, no ano passado, o mês em que se inaugurou a igreja-matriz em 1784, há 241 anos, com a paróquia já existindo, marcando a história de Vitória do Mearim. Esse é o formato pelo qual o Festival de justifica. Estamos à disposição para prestar quaisquer outras informações, caso estas não tenham isso ainda suficientes!”.
Texto: Herbert de Jesus e Gutemberg Bogéa
Edição: Gutemberg Bogéa














































































