Repercutiu, intensamente, entre carnavalescos e boieiros nativos, a informação de que a Escola de Samba Estácio de Sá, considerada a mais antiga do Rio de Janeiro, vai levar para a Av. Marquês de Sapucaí, no carnaval de 2023, o enredo “São João, São Luís, Maranhão! Acende a fogueira do meu coração”! O enredo foi apresentado na quadra da agremiação, com a presença do secretário da Indústria e Comércio do Maranhão, Cassiano Pereira Júnior, representando a Secma (Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão), e do presidente Leziario Nascimento e do vice, Edson Marinho, que apostaram na inspiração dos compositores para realizarem um grande samba a fim de que a escola pise a Sapucaí forte na busca do sonhado campeonato da Série Ouro para seu retorno ao Grupo Especial do carnaval carioca de 2024.
Na ocasião, Cassiano Pereira Júnior assinalou: “Queremos contribuir o máximo que pudermos para que a Estácio faça um grande desfile. São Luís está despontando com essa nova vertente do São João, que aconteceu ao longo de dois meses e ter esta exposição no Sambódromo é muito importante para o reconhecimento e valorização do nosso potencial cultural!”
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Como só tiveram conhecimento da excelente notícia, há poucos dias, através do jornalista e radialista conterrâneo Joel Jacintho, enquanto a inscrição dos sambas estava prevista para o dia 20 de setembro e a disputa começaria já no dia 24 deste, um prazo muito diminuto, compositores maranhenses começaram a solicitar para as autoridades que sejam incluídos na competição, e o primeiro nome pensado para resolver a parada foi justamente o secretário Cassiano Pereira Júnior, que tem diálogo aberto com a diretoria da Estácio de Sá. Em contato com a Reportagem do JP Turismo, os bambas nativos adiantaram que já estão por dentro da sinopse do enredo e do regulamento, e até o meado de outubro entregariam a composição gravada em três pen drives, 30 cópias das letras e o dinheiro da inscrição. A par disso, a nossa Reportagem falou com o compositor Quirino do Cavaco, dito por Joel Jacintho, que estaria no ponto de participar do concurso, e ele revelou que nem sequer sabia da concorrência da Estácio, com enredo sobre São Luís. Quirino seria um dos nossos nomes fortes com experiência até no rumoroso certame da Beija-Flor de Nilópolis, para o carnaval de 2012, na homenagem ao aniversário de 400 anos da capital maranhense com o tema São Luís – O Poema Encantado do Maranhão. Ele, com um samba melhor do que o que a Beija-Flor levou para concorrer, na Av. Marquês de Sapucaí, lembrou que “Nós sabemos como ninguém fazer composições da nossa cultura!”
Na sinopse, assinada pelo carnavalesco Mauro Leite, em forma de versos, a exaltação a São João, que nós sabemos Padroeiro dos Bumba-Bois do Maranhão e seus brincantes, ao nosso festejo junino massivo, e a Luís IX, o Rei-Santo de França, que deu o nome, indiscutivelmente, para a Capital maranhense, não Luís XIII, o Rei-Menino, na sua Fundação a 8.9.1612: “(…)São Luís foi Rei de França Na época das Cruzadas São João era um profeta Que vivia no deserto Passando mil sacrifícios (…)Um dia, disse São Luís a São João:
–Dei meu nome a uma cidade Que há pouco foi fundada Uma linda cidade… Fica lá no Maranhão Lugar mágico e misterioso Belo e encantador No Nordeste brasileiro Lá tem um povo diferente Que sabe cantar e dançar Como mais ninguém na Terra Celebrando uma alegria tão pura Que é a própria alegria de viver!(…)”.
Texto: Herbert de Jesus Santos
