(85 anos de nascimento. Há 65 anos, poeta)


Fazer versos, escrever estrofes é um exercício a que todos os seres humanos podem ter acesso, como um ofício de escola. Afinal, quem está proibido de ir a uma praia ou a um sítio para bater uma pelada?
Criar poesia é exercício dos que nasceram com o dom de inventar pontos de fuga em folhas secas.
O escritor, poeta José Maria Nascimento, nasceu com o dom de impor ao campo, das partidas que joga em sua obra literária, e que “o acaso não abolirá”, movimentos capazes de sair por fora da curva do que seria esperado pelo árbitro, pelos seus companheiros de time, pelos jogadores da seleção oposta, pelos técnicos e espectadores, pois o poeta está justamente naquela área de deslocamento que lhe permite dribles tão inesperados e inusitados que, aqueles que permanecem sob as regras da tradição herdada de velhos cânones, se surpreendem e escandalizam. Daí que se torna capaz de surpreender a todos, a partir do momento em que arremete de um ponto indeterminado do campo coberto por folhas, com a finalidade de, desestruturando as marcações convencionais, por imperativos de uma tradição herdada, acadêmica e oficial, segundo cânones preestabelecidos, ir além do preconcebido. Demonstra, então que, embora seja mais difícil a finalização dos lances, ficarão mais emocionantes os resultados, quando os gols são marcados, após imperscrutáveis fintas, feitas fora do combinado. Os dribles imprevisíveis, no limite do improvável, é que dão ao atleta em questão, valor, exatamente por estar fora do lugar determinado pelo técnico que, analisando a nova postura do atleta, em jogo, valida a incoerência e a falta de coesão e coerência, em relação ao previamente estabelecido e concordará que se trata de um craque excepcional, extraordinário, pelo fato de ter transformado uma jogada de lance comum, em algo especial.
Como veem, não estou falando de nenhum poeta clássico, neoclássico, parnasiano, simbolista, realista, moderno ou pós-moderno em particular. Estou falando de poeta, tendo por base a sua atuação atemporal, em campo, daquele que, por trabalho próprio, soube/sabe/saberá, independente de escola literária ou não, fazer a diferença em qualquer época, quando se propôs/propõe/proporá ser um divisor de águas, entre seus contemporâneos, no quesito expressão, contrariando os que, arbitrariamente, se denominam poetas, pelos espelhos de uma tradição, onde a Poesia está erroneamente associada a conceitos normativos de coerência ou coesão. Sim, falo de poeta como alguém que tem a prerrogativa de poder violar e estabelecer, mesmo após ter compartilhado de certos alinhamentos, frequências, convergências e emparelhamentos, o seu próprio legado, à proporção que se desfamiliariza e se desenraiza, para exercer a sua própria dicção poética, no poema, sem fazer concessões à dita crítica oficial, via de regra caquética.
Primeiro que a base da Poesia é justamente o contrário: quanto menos coerência e coesão, mais Poesia, pois uma das bases da Poesia é uma perspicaz incoerência em relação a modelos, paradigmas ou arquétipos, quando se funda uma diferente coerência com base em mudanças de sentidos de significados comuns para sentidos especiais, através de desvios semânticos, que são a base do poético.
Já a incoerência da tradição é rotular um poeta de hermético, como se pudesse haver poeta sem uma de suas características mais inerentes: o hermetismo. Como associar esse paradoxo e pleonasmo, se Poesia é justamente sinônimo de hermetismo, daí o simulacro que lhe é comum? Ora, como poderá haver a presença da Poesia sem a riqueza de enigmas? Sem hermetismo, sem o algo só a custo decifrável, a Poesia não será Poesia, mas superfície. E, então, é um pleonasmo, chamar alguém de poeta ou artista de hermético. E, aí, o poeta será um inventor raso, casual, ocasional, porque não sabe ser oblíquo e dissimulado, quer dizer, sem a obliquidade, a dissimulação e a ambiguidade que a Poesia requer.
O que coexiste e subsiste no que denominamos de Poesia na obra de arte, como chave mestra é o exercício do fingidor, ou seja, daquele que sabe simular a realidade, como camaleão que se camufla ou se confunde mimeticamente, adaptando sua cor à cor local ou da paisagem. A palavra hermetismo é inerente à Poesia e a poeta, portanto é um vício de linguagem dizer poeta hermético, se ser poeta é ser hermético e, não ser hermético é não ser poeta.


Afinal, estou fazendo uma abertura para falar de um ser humano, que completou 85 anos de existência, no dia 18 de setembro deste abençoado 2025 e para celebrar 65 anos ininterruptos de compromisso de casamento deste com a Poesia, no poema.
O poeta José Maria Nascimento tem um conjunto de obras bastante expressivo: Célula da esperança, São Luís, MA, 1960; Harmonia do conflito, São Luís, MA, 1965; Silêncio em família, Prêmio do Concurso do Serviço de Imprensa e Obras Gráficas do Maranhão, SIOGE, São Luís, MA, 1968, publicado sob os auspícios do Departamento de Cultura do Estado do Maranhão, Tipografia São José, São Luís, MA, 1969; Contemplação dos templos, Edição SIOGE, São Luís, MA, 1977; Carrossel Ensolarado, FUNC/SIOGE, São Luís, MA, 1981; Os frutos da madrugada, seleção de poemas, publicação SIOGE, São Luís, MA, 1984; Os verdes anos da maturidade, SECMA/SIOGE, São Luís, MA, 1987; Constelação Marinha, SIOGE, São Luís, MA, 1993; Ressonância de barro, 1993;Turbulência, FUNC, São Luís, MA, 1995; A santa ceia dos renegados, 1998; Colheita de cactos, 1999; Encontros e aflições na Zona de São Luís, edição do autor, 2001; Os portais da noite, 1º. Lugar no Concurso Literário Cidade de São Luís, Prêmio Sousândrade, 2006; e O recreio na Ilha, 2015.
O jornalista e escritor, poeta José Chagas, ao se referir ao poeta José Maria Nascimento, em 1965, tomando por base a obra literária Harmonia do conflito, ressalta:
“Neste novo livro, que se pode considerar, portanto como uma verdadeira estreia, José Maria começa a identificar-se consigo mesmo, num profundo redescobrimento e traça um roteiro lírico […] uma temática livre que varia em função da inquietude de espírito, nota característica neste moço pertencente a uma geração de intelectuais que quase não encontra em nosso tempo outro apoio, senão o de sua própria angústia.
Nascido em 1940, aqui mesmo em São Luís, JMN, que experimenta naturalmente a inexperiência de idade e sendo um autodidata, conta, assim, quase que exclusivamente com a força do seu talento, o que aliás serve para dar a medida do poeta que está nele, superior ao que o livro nos possa apresentar agora, apesar dos belos poemas, que já o afirmam e projetam nas letras maranhenses”.
E, para o final, tem uma premonição sobre o poeta:
“Aproveito aqui o título que José Maria deu ao conjunto de seus primeiros trabalhos, julgamos ser de fato o autor de Harmonia do conflito uma das células de esperanças que hão de formar o corpo da realidade cultural do Maranhão, no futuro. […] Harmonia do conflito é festa para os olhos e para o espírito”.
Sem dúvida, o saudoso escritor, poeta José Chagas estava certo em sua profecia. Hoje, podemos dizer, sem medo de erro, que o poeta José Maria Nascimento compõe, como poeta, “o corpo da realidade cultural do Maranhão”. Afinal, não só Harmonia do conflito, mas o que veio depois, também, definitivamente “é festa para os olhos e para o espírito”.
Para fundamentar sua tese, José Chagas cita, ao final, o antológico poema:


Partida de Dominó
Numa Tarde de Verão
Temos razão de estar mortos,
antes do tempo preciso.
Pode ser pobre e estranho
o cortejo de nossos sonhos
para aqueles que acreditam
serem grandes pelo tamanho
da inércia que os consome
em minutos lentos e vagos.
Pode parecer absurda a ideia
de tantos mortos em corpos vivos
para aqueles que ressuscitam
em uma secretaria de vidro.
Percebemos neste trecho do poema, de uma obra literária de 1965, alguns dados em que o poeta José Maria Nascimento investiu em seu conjunto de livros publicados, como uma percepção ontológica da existência humana, portanto fora do tempo linear e dentro de uma outra perspectiva, a metafísica, pois o tempo de que ele nos fala não é o cronológico, mas o dos que jogam a existência fora, por inércia e do seu tempo fluido, aproveitado a conta gotas e em doses homeopáticas. É a fluidez do tempo que o atormenta e alimenta sua angústia com poesia. E há neste poema, também, como em outros poemas seus, a marca de uma fina ironia em relação aos que, pensando serem donos do tempo, o dilapidam como estroinas.
Podemos perceber que não segue o uso de iniciar com maiúscula cada verso, preferindo usar a pontuação como um recurso de associação mental, tendo por base o ritmo, a melopeia do texto, em que já exerce, entre a primeira e a segunda estrofe, o recurso do cavalgamento ou enjambement.
Leiamos, por exemplo, este outro poema da autoria dele, da obra Silêncio em Família,
Paisagem Vegetal
Já não quero
o mistério das rosas
nem o silêncio
das folhas no jardim.
Algo mais grave
que as horas dolorosas
senti-la distante
como se fosse em mim.
Não desejo a surpresa
de um corpo maduro,
ainda que verde
para o uso do lamento.
Algo mais que uma
rosa no céu escuro
enche-me os olhos
de depressivo encantamento.
A tua imagem neste
quarto ora silente
ondula em mim
um pensamento lasso:
Assim te tenho no
que penso vagamente,
sem contudo sentir-te
nos meus braços.


(NASCIMENTO, José Maria. Silêncio em família.
São Luís: Tipografia São José, 1969, p. 37-38)
Para expressar a lassidão que o instante do poema requer, o poeta José Maria Nascimento recorre a alguns recursos poéticos pertinentes ao clima, como sutis analogias de símbolo erótico, um despojamento da linguagem, com a flexibilização proposital da pontuação e com a forte incidência dos cavalgamentos ou enjambements, o que confere ao poema um toque de modernidade indiscutível.
Não podemos deixar de registrar, aqui e agora, que este e vários outros poemas do poeta José Maria Nascimento, do livro em questão e de outros, nos arremetem a um filósofo e a uma obra deste que mudaram a construção do texto moderno, tanto na prosa, como na poesia. Estamos no limiar da obra seminal de Bergson, filósofo francês (1859-1941). A obra é Ensaio sobre os Dados Imediatos da Consciência.
É claro que a obra de Bergson influenciou gerações e gerações de escritores, como Xavier de Maistre, Machado de Assis, T. S. Eliot, Édouard Dujardin, Autran Dourado, Osman Lins, Clarisse Lispector, Guimarães Rosa, Marcel Proust, James Joyce, Samuel Beckett, dentre outros, tomando por base o fator tempo mental, psicológico, fluxo da memória e monólogo interior.
Em José Maria Nascimento a introspecção psicológica é acionada e flui com os seus guardados de poeta vagante, meio monge goliardo, meio flâneur, meio poeta beat ou pé na estrada, como aquele poeta autêntico, cuja Poesia não são apenas flashs, mas cinema, filmes, fotografias em PB, registados em sua própria memória vivida e viva, como frutos arrancados verdes da árvore dos traumas existenciais.
Assim, cresce em valor a obra deste nosso poeta atemporal, meio bardo e mais um vate, que nos lembra François Villon e aqueles monges iluminados das Carmina Burana, claro que o poeta José Maria Nascimento é tão moderno e atemporal, quanto aqueles monges, que trocaram o convento pela estrada, pelos bares de beira estrada, pela sabedoria das tavernas e restaurantes simples.
E essa poesia moderna teve ecos, aqui no Brasil, no século XVII, no poeta Gregório de Matos, um moderno por antecipação, descoberto pelos poetas de pós 1922.
Em Seleta Poética, vamos beber outro poema visceral, escrito com a pulsação da própria existência de quem tem, por isso, dicção poética personalíssima.
A vida do ser humano e do poeta andarilho José Maria Nascimento, enquanto tido por escritor marginal, excêntrico, teve muito a ver com Augusto dos Anjos, Cruz e Sousa, Baudelaire e alguns outros “malditos”, como os poetas vagantes de que nos fala Ezra Pound, no ABC da Literatura, entre eles, François Villon (1431-1489); Guillaume de Poictiers (1071-1127); e Arthur Rimbaud (1854-1891).
São parentescos ou identidades de biografias em alguns pontos, não em todos. Também, ao ler a obra literária de José Maria Nascimento, ocorreu-me à memória a obra Invenção de Arnaut e Raimbaut a Dante e Cavalcanti, Augusto de Campos. Assunto para outra oportunidade.
Mas vamos ao poema,
Arco-íris noturno
Urge o tempo que a noite
é uma granada
que a vida é mais que trevas
quando de um abismo se contempla
a luz de cada estrela.
Estes corpos submersos
sabem o peso de uma bala
quando em preces em vão se elevam;
quando o homem é uma promessa
para um sonho que se cala.
Dores tantas de outra infância
que a Deus renega a calma.
Bate um sabre em cada porta
como um filho que retorna
para o nada do que ama.
Uma náusea em cada morte
dentre as ceias que são vãs;
vestígios de sangue e rosas
ornamentam as passarelas
no velório das manhãs.
(p. 21)
Ou neste outro,
Elegia para meu pai
Pai, já o teu sangue repugna a minha carne
e o baque rude de teu precioso afeto
estala em meu sangue como enormes pedras
caídas de um eterno que não sei
para a destruição dos teus ossos em que me abraço.
O meu grito se faz eco no teu sono
e tu despertas, que bem sei, para ver nada.
Eis que teu filho em lodo se transforma
para objeto de tua vergonha muda.
E nesta angústia, pai, tu ainda flutuas
e me arrastas do presente que não tenho
para o passado em que morri contigo.
Se este delírio já te expõe um homem adulto
é que teu sangue em minhas veias se revolta
e o ódio bruto de saber que nada sei da morte
me transporta para as portas de um inferno
que um dia me ensinaste a evitar.
(p 35)
(NASCIMENTO, José Maria. Seleta poética.
São Luís: Edições SECMA, 1987)
Aqui, temos mais um poema autobiográfico, cujo recorte trata do retorno de um filho pródigo, diferentemente do da Bíblia Sagrada, aquele já órfão, portanto, sem resquícios do amor e fortuna que o filho bíblico encontrou. Mas é um poema sobre a realidade nua e crua, portanto não se trata de uma invenção romântica, ou moderna de recriação, mas de um estatuto do visceral viver de um ser humano que soube carregar a sua cruz, sem passar a culpa a terceiros. A sua revolta é consigo mesmo. A sua batalha, a batalha que trava é com um outro eu e nisto ele lembra o poeta espanhol Juan de la Cruz.
Na escrita dos poemas de José Maria Nascimento, a partir de 1965, já não havia a preocupação radical com a preservação da integralidade do métrico nos versos. Há, como poderão observar nos poemas precedentes deste ensaio, uma ruptura proposital, visando criar um clima de distensão, para melhor movimento e/ou andamento contínuo do ritmo sincopado, que ele consegue desenvolver muito bem com o recurso dos cavalgamentos ou enjambements.
Também seus poemas estão transfigurados por lances de epifanias ou de insights, quando o poeta é iluminado por clarões súbitos de súbita iluminação, que acabam, para o leitor, como que sem feedback ou retorno, se não tiver algum flashback da biografia do ser humano e poeta José Maria Nascimento. Assim, estaremos, em alguns momentos no limite do nonsense.
Desse ponto de vista, a poética de José Maria Nascimento tem momentos de convergência e/ou confluência com a verve profética dos poetas Blake e João da Cruz. Ainda há muito para se ler da obra poética de José Maria Nascimento para que não se diga que ele foi apenas o último dos moicanos de um tempo de boêmios. Ele não é o autodidata bobo, comum, mero fazedor de versos. Conversa fiada. É um dos poetas mais perspicaz da moderna poesia maranhense, inteligente, maduro, observador da passagem do tempo e das pessoas, um memorialista autêntico, maduro, desde 1965.
Um poeta do quilate de José Maria Nascimento não é para se saudar como mais um dos uns, mas para se celebrar, senão como um dos melhores representantes da moderna poesia maranhense de 1965 aos dias atuais, pela sua maturidade e fina sensibilidade.
Não se trata de um poeta que cavou a angústia, senão aquele que descamuflou a angústia que é dele, que está consubstanciada nele, vital e visceral.
Precisamos relê-lo, leavaliá-lo e fazer-lhe justiça.


Na obra JOSÉ MARIA NASCIMENTO 80 anos – uma Antologia, Edições AML, 2021, podemos encontrar o registro de algumas obras primas ou antológicas, que podem ser classificadas como produções da melhor poesia maranhense contemporânea, entre elas, podemos citar O moinho das reminiscências, p. 189-196; Sob o clima das palafitas, p. 203-206, dentre outros.
Que um poeta de excelência, de leituras, não é apenas o si mesmo. É ele mesmo e dentro dele suas simpatias, suas preferências, sua orgia de poetas com os quais dialoga e estabelece, a partir deles, o ele próprio, uma síntese de suas vivências, de seu tempo e de outras épocas que ocorrem, no fluxo de sua memória.
Biografia
José Maria Nascimento nasceu em São Luís do Maranhão, no dia 18 de setembro de 1940. Filho de João e Neusa. O pai era um homem simples, que trabalhou como vigia noturno do Matadouro. A mãe, uma senhora prendada e dedicada dona de casa. Autodidata, lembra o romancista Machado de Assis, que cursou até o quarto ano primário. Portanto, estudou praticamente sozinho, via leituras.
Foi/é um poeta em tempo integral, mas durante algum tempo foi editor do Suplemento Literário do Correio do Nordeste, na sua amada Ilha de São Luís.
Em sua trajetória de escritor e viajante, esteve em Recife, Manaus e São Paulo, onde publicou poemas.
Na capital pernambucana, Recife, onde residiu por seis anos, inscreveu-se num Concurso de Poemas, Cidade de Recife, com a obra Graça, danos & reflexos noturnos de Recife e, em meio a centenas de concorrentes, arrebatou o primeiro lugar. Auspicioso começo de poeta itinerante.
Promovido pela Prefeitura da Cidade de Recife, a entrega solene do prêmio aconteceu, no célebre Teatro Santa Isabel, palco, no século XIX, dos desafios travados de improviso, entre os poetas Tobias Barreto, pernambucano e Castro Alves, baiano.
O então jovem poeta José Maria Nascimento recebeu, das mãos do Prefeito, um diploma e uma medalha de ouro. Emocionado, o poeta pediu uma execução da Nona Sinfonia de Beethoven, que foi executada pela Orquestra Sinfônica de Pernambuco, regida pelo Maestro Mário Câncio. Após a execução, os aplausos, de pé, justificaram a grandeza do pedido.




Casou-se com Maria da Graça, cantora lírica e com ela tem, na descendência, duas filhas, Layane e Tayane.
A partir de 1998, tornou-se, também, fotógrafo, profissão que exerce. É por natureza um autodidata, como o foi Machado de Assis.
O retrato mais fiel de sua vida são as suas obras literárias, onde está inteiro, do ponto de vista autobiográfico.
Texto: Alberico Carneiro
Edição: Gutemberg Bogéa
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