Um seminário de discussão do patrimônio azulejar de São Luís reuniu autoridades do assunto durante evento online transmitido pelo YouTube, na quarta-feira, dia 19 de novembro. O seminário “Construindo o Museu do Azulejo: o que pode um museu?”, foi o segundo encontro oficial realizado no âmbito da criação do Museu do Azulejo, equipamento cultural que será instalado na capital maranhense valorizando a história azulejar como patrimônio dos ludovicenses.


O evento voltado para convidados e aconteceu, no Palacete da Rua Formosa, futura sede do museu. O público pôde acompanhar por meio de transmissão ao vivo.
O projeto cultural de criação do Museu do Azulejo é viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), patrocínio da Vale, gestão do Instituto Pedra e realização da Prefeitura Municipal de São Luís, por meio da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (FUMPH), e do Ministério da Cultura.
O seminário
Na ocasião gestores de equipamentos culturais e especialistas da temática azulejar compartilharam suas experiências em um debate sobre a missão do novo museu e o papel das instituições culturais. Estiveram compondo a mesa de acordo com os temas: Gabriel Gutierrez – Diretor do Centro Cultural Vale Maranhão (CCVM) – “O lugar do museu pode conformá-lo? A potência de um equipamento cultural em São Luís”; José Eduardo Ferreira Santos (Zé di Cabeça) e Vilma Soares Ferreira Santos – Fundadores do Acervo da Laje de Salvador (BA) – “Um museu pode ser comunitário? A relação entre o acervo da laje e seu território”; Pablo Lafuente – Diretor Artístico do Museu de Arte Moderna do Rio (MAM Rio) – “O museu pode ter ou ser uma escola? A experiência do bloco escola do MAM Rio”; Rosário Salema de Carvalho – Diretora do Museu Nacional do Azulejo de Portugal – “Um museu do azulejo pode se reinventar? Reflexões sobre o futuro do Museu do Azulejo de Portugal”.
A mesa foi mediada por Luiz Fernando de Almeida, curador do evento e diretor-presidente do Instituto Pedra, e Kátia Bogéa, presidente da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico de São Luís (FUMPH).
Implantação do Museu do Azulejo de São Luís
O Museu do Azulejo será um equipamento cultural dedicado a valorizar a história do azulejo, apresentando desde as suas origens até a sua propagação em território brasileiro. A capital maranhense é conhecida pela tradição do uso de azulejos em seus casarões, igrejas e interiores de casas, que compõem o patrimônio arquitetônico e cultural da cidade.
O novo equipamento cultural abrigará acervo diverso, composto por peças de diferentes origens e períodos, além de artefatos, imagens e vídeos relacionados à sua produção e uso. O espaço contará ainda com um programa de educação patrimonial com visitas guiadas, seminários e curso sobre a história do azulejo e aspectos técnicos relacionados à sua confecção, como: a origem de estilos e técnicas na azulejaria ao redor do mundo; o desenvolvimento da azulejaria em Portugal e sua introdução no Brasil; o desenvolvimento da azulejaria em São Luís e sua influência no uso de azulejos em fachadas em Portugal; e a produção da azulejaria moderna e contemporânea no Brasil.
Para a Presidente da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico, Kátia Bogéa, São Luís, além de receber um aparelhamento cultural de grande magnitude, irá receber um acerca jamais visto por muito tempo fora do seu país, como no caso do acervo português que ficará em exposição na capital maranhense.
“O acordo de cooperação técnica internacional entre o Brasil e Portugal para a implantação em São Luís do Museu Nacional do Azulejo é de suma importância, uma vez que é a primeira vez que o acervo histórico português segue para uma exposição de longa duração, fora do país”, ressaltou Kátia Bogéa.
A sede do Museu do Azulejo será no Palacete da Rua Formosa, exemplar da arquitetura da primeira metade do século 19 que foi totalmente restaurado para abrigar o novo equipamento cultural.
Edição: Redação JP Turismo











































































