Depois de estrear em junho na Feira do Livro do Pacaembu, em São Paulo, a escritora Seane Melo lançou na quinta-feira (24), em São Luís (MA), seu segundo romance, Migalhas, com evento na cafeteria Serè Pães Artesanais — espaço aconchegante e conhecido por seus pães de introdução naturais.
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Originalmente publicado como e-book de forma independente, Migalhas vem conquistando leitores por todo o país, alcançando o 8º lugar entre os romances contemporâneos mais vendidos da Amazon. Agora, ganha nova vida com uma edição impressa pela Editora Patuá (SP), com projeto gráfico pensado para intensificar a experiência de leitura e destacar os experimentos formais da obra.
O romance representa um novo momento na trajetória de Seane, com um leve desvio do erotismo que marcou sua estreia em Digo te amo pra todos que me fodem bem (Quintal Edições, 2019), e uma aposta numa escrita mais experimental.
“Desde que comecei a escrever Migalhas, já o imaginava como uma narrativa mais aberta. O livro é uma investigação amorosa, então, eu queria que o leitor tivesse acesso aos fatos e relatos para tirar suas próprias conclusões. Para isso, tive a oportunidade de brincar com o gênero epistolar, trazendo muitas outras formas de registro para essa história”, conta.
Com narrativas marcadas por humor, franqueza e uma perspectiva feminina contemporânea, Seane vem construindo seu nome a partir de prosas curtas e romances que transitam entre a intimidade, os relacionamentos e os afetos urbanos. Jornalista e doutora em Comunicação pela UFF, seu primeiro livro ultrapassou 350 mil páginas lidas no Kindle Unlimited e chegou ao 2º lugar na categoria de Eróticos da Amazon.
Migalhas dá continuidade a essa proposta de uma literatura íntima e urbana, explorando fragmentos de mensagens, registros de aplicativos e relatos que flertam com a autoficção. Uma trama mergulha nas experiências de adultos jovens, especialmente mulheres, em meio a fantasmas (corte abrupto de comunicação, sem aviso ou explicação), crises de amizade e amadurecimento. O livro dialoga com as angústias da geração millennial, apostando numa linguagem que não teme a exposição nem a contradição.
Edição: Gutemberg Bogéa
