São Luís vai se tornar a capital do debate sobre transição energética nos dias 22 e 23 de julho, com a realização do I Fórum de Energias Renováveis Maranhão 2025, no Multicenter Sebrae.
Trata-se de um evento inédito e que vai reunir na capital maranhense empresas integradas, profissionais, investidores, gestores públicos e representantes de instituições reguladoras em dois dias de intensas trocas de conhecimento e oportunidades de negócios. Será também uma vitrine para o que há de mais inovador no mercado de energia solar, eólica, PCHs e tecnologias limpas.
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E dentro de uma programação diversificada, sobre as questões mais relevantes relativas à transição energética, não poderia faltar um debate sobre a agenda ESG (sigla em inglês para questões de Meio Ambiente, Social e Governança).
Cases maranhenses de ESG nas esferas públicas e privadas em destaque
O tema ESG e Sustentabilidade será abordado no Painel 4 do Fórum, no dia 22 de julho às 18h30. Adriana Vieira, sócia da InterMídia Comunicação Integrada, especialista em Gestão da Reputação e em ESG pelo IBMEC, será mediadora e palestrante. Ela está abordando a relação direta entre ESG, Reputação e Sustentabilidade.
“Sem comunicação e orientação forte não há transição energética eficiente. As empresas do setor precisam investir em um trabalho reputacional estratégico e contínuo. Muitas pessoas desconhecem ou têm dúvidas sobre questões de transição energética; educar esses consumidores é papel das empresas do setor, que precisam investir mais em comunicação. Já a sustentabilidade será o maior diferencial de competitividade para empresas de os portes. A agenda ESG há de ser implantada urgentemente e as PMes – pequenas e médias – não podem ficar de fora” alerta Adriana Vieira.
Em seguida o Coordenador de ESG da agência marítima Shipping Protection, Paulo Renato Lemos, vai apresentar um case maranhense que demonstra na prática o que Adriana Vieira fala na teoria: ESG é um ativo reputacional forte e diferenciado, que vai garantir a competitividade no ambiente global e local de negócios que visam ser sustentáveis.
Renato Lemos falará sobre a iniciativa de criação de uma área de reserva ambiental privada que a empresa Shipping Protection está implantando em Alcântara (MA). Denominada de RPPN / Reservas Particulares do Patrimônio Natural, esse tipo de área é uma unidade de conservação criada por iniciativa voluntária de proprietários legais de terras, com o objetivo de preservar a biodiversidade, combater crimes ambientais e promover a sustentabilidade em territórios de extrema vulnerabilidade social e ambiental, como no caso da área conhecida como terras de Timbotuba em Alcântara, onde está sendo implantada uma RPPN de Proteção à Navegação.
Diferentemente de outras categorias de conservação pública, as RPPNs são áreas privadas onde o proprietário se compromete legalmente com a conservação ambiental em caráter perpétuo, conforme regulamentado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). No Maranhão existem atualmente muito poucas áreas como essa – apenas 13 RPPNs já implantadas.
Já em processo de legalização em curso, a RPPN Proteção à Navegação, nas terras de Timbotuba em Alcântara (MA), visa ser uma unidade de conservação para proteger a biodiversidade da área – que inclui ecossistemas importantes, como manguezais, córregos, brejos, lagos e nascentes que são classificados como Áreas de Preservação Permanentes (APPs); além de uma extensa área de florestas com rica fauna e flora.
A proposta, segundo o Diretor de Proteção à Navegação e autor da iniciativa, o empresário maranhense Kledilton Cutrim Pinto, é ir além da preservação do meio ambiente, mas também oferecer oportunidade de desenvolvimento para pessoas em situação de vulnerabilidade social da região. Isso se dará com a integração da conservação ambiental às estratégias de responsabilidade socioambientais da companhia; reforçando o compromisso da empresa com o futuro sustentável, através de projetos de educação (criação de uma escola privada aberta à comunidade) para beneficiar pessoas das comunidades do local, na sua maioria de descendência quilombola. Como unir a preservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida das pessoas em territórios vulneráveis através da educação é o que será apresentado nesse caso, pode e deve servir de modelo para outras empresas privadas.
Também integra esse painel sobre ESG Antônio Dino Tavares (Fundação Antonio Dino). Ele vai falar sobre os benefícios de um projeto de energia solar implantado no Hospital do Câncer Aldenora Belo em São Luís.
No atual cenário global, onde a pressão por compromissos climáticos e sociais se intensifica em resposta às graves crises enfrentadas nos âmbitos ambiental e social, esse debate é fundamental para estimular o maior engajamento dos setores público e privado, na criação de iniciativas viáveis e eficientes de desenvolvimento sustentável.
Edição: Redação JP Turismo
