O que a maior parte das autoridades e sociedade ainda parece não ter imaginado e parado para pensar, é nas atitudes e ações a serem tomadas com mais abrangência em São Luís para combater o risco da pandemia. É que ao invés de ficarem discutindo as diferenças e picuinhas políticas nas conversas de ruas, redes sociais, e principalmente nos noticiários locais, todos deveriam, sim, e sem sombras de dúvida, discutir na realidade, o possível alastramento do Coronavírus na capital maranhense, que pode chegar trazendo consequências catastróficas.
Com o pico da doença se aproximando e o contágio se espalhando por todas as cidades brasileiras, muitas ações e atitudes de autoridades espalhadas pelo Brasil começam a delinear formas de enfrentamento da doença que parece vir arrasadora no país, haja vista a falta de condições sociais da população e as inúmeras formas de sobrevivência precária.
As informações de que apenas as Upas do Vinhais, Araçaji, Bacanga e Cidade Operária, assim como os Hospitais Carlos Macieira, Hospital da Mulher, Presidente Dutra e HCI (localizado no Cantinho do Céu), estabelecidos como referência no combate, podem não suprir a procura dos infectados. Isso vem deixando a população da cidade muito preocupada, haja vista a possibilidade de não ser possível esses hospitais suprirem as necessidades dos atingidos pela doença, onde o mais importante é se estabelecer patamares mais audaciosos que possibilitem uma possível batalha de igual para igual nesta inesperada guerra na grande São Luís.
Muitos são a favor da construção de unidades de apoio que poderiam ser instaladas em espaços como os estádios de futebol e ginásios como: Nhozinho Santos, Castelão, Costa Rodrigues, antigo Colégio Maristas no centro e até em Centros de Convenções como por exemplo, o Multicenter Sebrae, no Cohafuma.
A possibilidade de um agravamento de uma doença que não nos permite ter uma noção exata de sua capacidade de contagio é deveras preocupante, devida a falta de estruturas físicas e de materiais que podem deixar uma cidade como São Luís em um estado de calamidade pública, o que exige precaução e uma dose de atitudes audaciosas das pessoas responsáveis sejam elas públicas ou privadas na comunhão do enfretamento do Coronavírus, em terra ludovicense.
É preocupante se ver cidades espalhadas pelo país construindo hospitais de campanhas em praças esportivas e em outros pontos de espaços físicos apropriados, enquanto as autoridades maranhenses não buscam desenhar uma possível e gigantesca demanda de doentes na capital. Em face ao possível momento agudo da epidemia na cidade de São Luís, seria importante uma busca por parcerias entre os governos: estadual e municipal, assim como empresários, instituições, entidades e classes em geral no sentido de amenizar uma possível catástrofe, visto a escassez do aparelhamento da saúde na capital.
É chegada a hora de uma decisão definitiva para que através de uma ação conjunta se busque estabelecer as metas a serem trabalhadas nessa que é uma das mais ferrenhas batalhas que o povo maranhense terá pela frente. Hospitais de campanhas, médicos, enfermeiros, pessoal de apoio, equipamentos de primeiros socorros, equipamentos de segurança e principalmente equipamentos respiratórios precisam ser suficientes para o combate nessa hora mais difícil da vida de todos os maranhenses. O diálogo precisa ser aberto como afirmou o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para que depois não se busque culpados naquilo que poderia ser amenizado em favor da população maranhense. São Luís precisa estar preparada para ajudar sua população e os maranhenses de outras cidades que procurarem a nossa cidade na hora dessa enfermidade.