Mais uma vez o Sesc e o Senac mostraram em conjunto a importância de se criar ferramentas de discussão sobre a realidade educacional existente no país. As instituições puderam pelo segundo ano consecutivo contribuir de forma gigantesca para discussões importantes que podem gerar novos caminhos para a educação, principalmente no Maranhão onde temas como inclusão, equidade e diversidade precisam ganhar novos rumos pedagógicos, com a qualificação de profissionais para uma melhor relação entre professores, pais, alunos e instituições de ensino.
O II Congresso Sesc/Senac: Educação Que Transforma teve início na quarta-feira (3), no Teatro Sesc Napoleão Ewerton, na Avenida dos Holandeses reunindo educadores, gestores e especialistas para uma reflexão sobre os caminhos de uma educação mais inclusiva.
Com o tema “Equidade, inclusão e diversidade na educação: desafios e proposições”, o encontro propôs dois dias de discutições sobre práticas pedagógicas que reduzam desigualdades sociais e promovam uma transformação educacional.
A programação começou às 14h, com credenciamento na recepção da Cafeteria do Sesc. Em seguida, ocorreu a abertura oficial no teatro, destacando a importância da pauta para o cenário educacional atual.
No Palco Educação, a especialista Luciana Brites, doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Mackenzie, Mestre em Educação e CEO do Instituto NeuroSaber, ministrou a palestra “Educação Inclusiva e Equidade: Estratégias para a redução das desigualdades educacionais e sociais”. Ela ressaltou que o desafio da inclusão vai além da escola:
“A inclusão é uma pauta desafiadora porque muitas vezes não encontramos estrutura nem formação profissional adequadas. Não se trata apenas dos professores, mas de todos os profissionais envolvidos. É fundamental investir em conhecimento baseado em evidência científica, com formações que possam ser avaliadas em sua efetividade”, destacou.
Entre as falas institucionais, o presidente em exercício da Fecomércio-Maranhão, Dr. Manoel Barbosa, ressaltou que a educação deve formar cidadãos para além da técnica:
“Educar é formar cidadãos conscientes, críticos, empáticos e capazes de respeitar as diferenças. As adversidades não são obstáculos, mas riquezas a serem celebradas. Este congresso é mais do que um espaço de diálogo, é um compromisso coletivo para inspirar práticas transformadoras em nossas escolas, empresas e comunidades”.
A Diretora Regional do Sesc-MA, Dra. Rutineia Cavalcanti, enfatizou a importância da preparação docente:
“Discutir inclusão, diversidade e equidade significa também olhar para o número crescente de pessoas neurodivergentes nas escolas. Precisamos investir na formação dos profissionais da educação, para que estejam cada vez mais preparados a atuar como agentes de transformação dentro dos espaços educativos”.
Na mesma linha, o gerente de Educação do Departamento Nacional do Sesc, Dr. Luiz Fernando, reforçou a relevância das conexões institucionais:
“Pensar educação em rede é pensar na soma das inteligências. A parceria Sesc e Senac é um exemplo de como a conexão gera inteligência coletiva. É assim que podemos ensinar ao país processos de equidade, inclusão e diversidade, sempre com a participação ativa dos estudantes”.
Para o Diretor Regional do Senac-MA, José Ahirton Batista Lopes, o sucesso da parceria é um dos pontos altos do evento:
“Começamos pensando em um congresso interno, mas vimos a necessidade de abrir para outras organizações. O resultado é muito positivo. A palestra de abertura já nos deixou entusiasmados e temos a certeza de que este evento trará grande impacto”.
Do ponto de vista dos participantes, a professora Júlia Baima, da rede Sesc, destacou os ganhos para a prática docente:
“Vale muito a pena participar. A gente aprende, ganha mais informação e consegue levar isso para a sala de aula, entendendo melhor nossos alunos e desenvolvendo as crianças”.
O primeiro dia do congresso foi encerrado de forma simbólica e inspiradora, com um desfile de moda inclusiva, que ressaltou a representatividade e a valorização da diversidade, seguido de um coquetel de confraternização.
Com debates ricos e múltiplas perspectivas, o II Congresso Sesc/Senac reforça o papel da educação como instrumento de transformação social e como espaço de construção coletiva de soluções para um ensino mais justo e inclusivo.
Texto: Reginaldo Rodrigues
Edição: Redação JP Turismo