É tempo de festa no reino das artes, da arte que vem das mãos e produz encantamento retratando nossas tradições, cultura, modos de ser e de viver da nossa gente.


Após quase dois anos de espera desde a última versão presencial, a Feira Nacional de Artesanato está de volta em versão presencial, reunindo toda a diversidade cultural brasileira, fruto das mãos de quem faz do artesanato uma forma de expressão e um negócio tão criativo quanto promissor.
Nesse contexto, que homenageia o escritor Ariano Suassuna e tendo como tema “É tempo de festa no reino das artes”, brilham as belezas do artesanato maranhense entre os destaque da Feira, em andamento até o dia 19 de dezembro, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda (PE).
Nesta edição, o Maranhão apresenta um acervo artístico e artesanal, com 4.744 peças de várias tipologias. Somadas, essas peças alcançam um valor de quase R$ 229 mil reais e, segundo analista e gestora de Projetos de Turismo Criativo da Regional de São Luís, Renata Costa, “estão entre os destaques da Feira, que concentra toda a pluralidade do artesanato regional, sendo uma excelente oportunidade para os artesãos maranhenses na divulgação e comercialização produtos”.


“A volta da Fenearte ajuda a fortalecer o setor por meio da geração de receita, capacitação e benchmarking, assegurando também a integração entre os artesãos e com parceiros que apoiam a atividade, além de possibilitar a qualificação para o mercado e, ainda, a geração de negócios, acesso à inovação e troca de experiências que devem contribuir muito para fortalecer o artesanato especialmente no processo de interação com a cadeia do turismo”, explicou a gestora.
Para o coordenador do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) e membro da equipe técnica da Secretaria de Estado da Cultura – Setur, Carlos Martins, as feiras nacionais são importantes mecanismos para comercialização da produção artesanal viabilizada pelo Programa, além de um espaço importante de divulgação nesta retomada pós-pandemia.


“A Fenearte é a mais importante feira de artesanato da América Latina. Apoiar a participação dos artesãos maranhenses nesses espaços significa estimular o desenvolvimento do setor, ao mesmo tempo em que incentiva o profissionalismo e o empreendedorismo, além de formatar uma identidade do artesanato da nossa terra, caracterizado por uma diversidade imensa, pelo uso de técnicas, de tradição, de saberes e fazeres típicos da nossa gente”, afirma Carlos Martins.
Negócios – A expectativa é que a Fenearte 2021 movimente cerca de R$ 40 milhões em negócios, possibilitando ao artesão participante contatos que podem ampliar essa previsão. Durante os dez dias de feira deve se consagrar pela forte interação entre o público circulante com os artesãos responsáveis pela produção dos mais variados itens expostos nos estandes. No caso do Maranhão, os itens selecionados para a exposição representam as principais tipologias do artesanato maranhense, com destaque para a fibra de buriti, azulejaria, renda de bilro, biojóias e cerâmica vitrificada, conforme destaca o diretor do Ceprama, Jorge Junior.


Conforme ele, “a Fenearte já dá mostras de resultados muito positivos para os artesão, que têm a satisfação de representar o Maranhão”. “Estamos com um grupo de artesãos do nosso estado, que passaram por seleção e estão presentes nessa grande vitrine que é a Fenearte, trabalhando para vender seus produtos e fortalecer suas presenças no mercado, através do contado com compradores de outros estados”, frisa o coordenador.
Uma das estratégias para reforçar e ampliar essa presença de mercado são as rodadas de negócios, presenciais e on line, programadas para acontecer até o final da 21ª Fenearte. A Rodada conta com a participação de 40 artesãos de vários estados e 30 compradores nacionais e internacionais. A expectativa é de geração de negócios da ordem de R$ 2,8 milhões nos próximos 12 meses.
21ª Fenearte
A Fenearte é considerada uma das mais importantes feiras de artesanato da América Latina, em função do número de visitantes, resultando em alto volume de vendas. Reúne cultura, gastronomia, moda, decoração, música e artesãos de todos os estados brasileiros e de mais de 50 países. Apoiada pelo Programa de Artesanato Brasileiro (PAB), a principal proposta é incentivar a produção cultural e artesanal do Brasil.
A feira reúne 700 espaços de exposição, distribuídos em 30 mil m², contando com participação de 5 mil artesãos de todo o Brasil e expectativa de circulação de mais de 200 mil pessoas, durante 10 dias. A feira expressa a pluralidade do artesanato continental, reunindo artesãos de 26 estados (exceto Roraima) e 22 países.


Para o gerente da Unidade Regional de São Luís, Mauro Formiga, “com essa participação, o Maranhão reforça o artesanato como uma atividade geradora de negócios e com excelentes perspectivas de inserção no mercado regional, nacional e no exterior”. A Fenearte abre também a perspectiva de reforçar a parceria do Sebrae com as secretarias de Turismo e Cultura do estado, em favor de uma atuação cada vez mais forte e integrada, com ações que realmente impactem no dia a dia e no desempenho dos nossos artesãos com foco empreendedor”, assinalou Formiga.
Texto: Laurene Leite
Tá faltando um linha de crédito baixiximo para todos os artesãos .
Seria interessante discutirmos essas questões para que possamos trabalhar textos nesse sentido. o JP Turismo está a disposição. grande abraço