Não estamos na labuta diária para ditar normas ou interferir nos destinos de uma cidade ou de sua gente. Apenas abrimos espaço nesses 25 anos do JP Turismo para divulgarmos trabalhos artísticos, culturais e atrativos, expor projetos e discutir interesses da coletividade nos mais diversos âmbitos, através de fatos, posicionamentos ou denúncias que fazem parte do dia-dia de uma cidade, pois somos uma imprensa livre e buscamos informar através de textos jornalísticos, artigos e opiniões, questões de interesse comum da sociedade.
É nos dada a liberdade de imprensa, datada de 12 de novembro de 1953, desde que tenhamos em nossos quadros, editores, diretores ou redatores com formação profissional capazes de produzir seus relatos de forma responsável e ordeira, ou em denunciar quaisquer situações em caso de atentarem contra a moral e os bons costumes de uma população.
Diante disso, continuamos a nossa caminhada de questionamentos de alguns fatos, principalmente nos que vem acontecendo na cidade de São Luís, no que diz respeito aos direitos dos proprietários dos boxes do Abrigo construído no entorno do Largo do Carmo adquiridos após muito tempo de comercialização de seus produtos, durante quase 70 anos na Praça João Lisboa.
Estamos vendo um amplo debate nas redes sociais contra e a favor daquela que seria uma atitude reprovável, a de demolir os boxes da praça, visto não existir uma contrapartida de indenização digna para com aqueles trabalhadores que durante anos estiveram tirando daquele comércio o sustento de suas famílias. O transtorno causado pela discussão e a situação de caráter social – envolvendo famílias que hoje estão na expectativa e sem perspectivas futura -, envolveu até a Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura – Unesco, visto o Abrigo estar inserido no Perímetro Urbano, e ter sido reconhecido no tombamento como parte integrante de São Luís – Patrimônio Cultural Mundial, em 1997.
Para que este Abrigo fosse demolido seria agora necessário um pedido formal de uma entidade – que parece estar sendo encabeçado pela Academia Maranhense de Letras -, para mobilização de uma reunião extraordinária da Unesco para destombamento, o que por certo iria demorar muito mais a decisão dessa situação.
O Abrigo permanece colocado em uma espécie de caixa de sapato, à espera de uma resolução, o que para seus proprietários acaba se constituindo um desrespeito, uma falta de ética para com a vida deles, visto a insensibilidade das autoridades para com essas famílias, isso tudo em um momento de dificuldades em que a sociedade atravessa, e que para esses humildes trabalhadores deve estar sendo mais sombrio.
Devido não conhecer a realidade social existente nesses logradouros, muitos opinam sem conhecimento de causa, esquecendo inúmeros aspectos. Muitas pessoas ignoram questões de segurança, prostituição e tráfico de drogas, que são situações cotidianas de todos os bairros e centros urbanos do Mundo, onde acham que a Praça João Lisboa é um antro de promiscuidade, o que seria um puro engano, pois tantas mazelas acontecem nos mais diversos recantos da Ilha.
Sexo, drogas e ilicitudes rolam em quaisquer que sejam as classes sociais no Mundo. No Abrigo, só para constar aos debatedores das redes sociais, o que existia até antes da reforma era o abandono de seu logradouro, falta de manutenção dos equipamentos públicos e muita sujeira nas galerias subterrâneas, o que acabava dando um aspecto ao lugar de total imundície.
A prostituição não permeia o Abrigo, a prostituição acontece na vista de todos ludovicenses em avenidas, praças, e nos mais belos e perfumados recantos espalhados pela cidade, um comércio profissional de muitos séculos, que não podemos condenar – pois hoje existem as profissionais do sexo -, não podemos permitir é a prostituição infantil, isso nunca!
O Largo do Carmo não precisa só de bancos, jardinagens e um Bonde só pra servir cafés, chás, torradas, chocolates, a realidade é outra. Os moradores hoje buscam um lugar para fazer um lanche rápido e não encontram porque os dez (10) boxes que serviam lanches estão fechados para uma reforma que de verdade mais parece uma expulsão.
O Abrigo precisa na realidade é ser reformado, com um aspecto mais leve, uma arquitetura condizente com a atual reforma, onde ele possa contracenar com a paisagem explícita dessa nova atmosfera paisagística.
Seus proprietários, assim como seus filhos, netos e familiares precisam é de capacitação, qualificação e orientação sobre manipulação e higienização de alimentos. Essas questões podem ser supridas nos cursos oferecidos no Museu da Gastronomia Maranhense que é uma obra de parceria do Ministério do Turismo, Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) e da Prefeitura de São Luís.
É importante salientar também que muitos cursos desses são oferecidos no Senac e Sebrae, instituições que muito já contribuíram na capacitação de profissionais no Estado. E a partir dai se fazer uma vigilância sanitária severa, o que não seria só na Praça João Lisboa, mas sim em todos os bares, restaurantes, boates, lanchonetes e conveniências que cercam a Ilha, pois a atenção para com as drogas seria mais preventiva.
Precisamos pensar com planejamento e não com ideias minúsculas. Os Bondes precisavam era circular nessas vias, assim como o transporte ferroviário que foi retirado da cidade e que se trabalhado com visão futurista teria na atualidade suprido os problemas de transportes que hoje enfrentamos nessa São Luís.
Parecem querer inaugurar a Praça João Lisboa com o Abrigo daquele jeito para mostrar a distorção do reformado com aquilo que não querem reformar, para desabrigar trabalhadores que estão jogados na Avenida Magalhães de Almeida e depois beneficiar pessoas próximas com boxes e lanchonetes no entorno, é o que parece ao se ver as circunstâncias como tudo vem acontecendo.
Essa película cinematográfica parece já haver sido exibida, precisamos saber na verdade o que existe por trás disso tudo, pois temos visto construção de Abrigos em outros cantos, como na Praça da Misericórdia com 4 (quatro ) boxes de cimentos sendo construídos, assim como quiosque em centenas de praças que serão reformadas.
Parece existir uma cisma contra os proprietários dos Abrigos do Largo do Carmo. Querem oferecer uma pífia indenização de R$ 28.000,00 (vinte oito mil reais) para abandono de um projeto de vida de quase 70 anos, o que na verdade para que eles saíssem dali teria que ser oferecido no mínimo: R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), visto uma vida dedicação e o aumento dos lucros que ocasionalmente virão com a nova roupagem da praça.
Enquanto isso os trabalhadores de todos esses anos ficam na expectativa do que acontecerá em suas vidas. Imaginem a situação de cada um deles e de seus familiares. Imaginem que tipo de traumas e disfunções físicas e psicológicas cada um desse deve estar passando, visto as dificuldades do dia-dia, e essa dúvida que afeta suas vidas. Uma realidade de um mundo onde a ganância e a falta de amor tomaram conta de uma sociedade!
Ola meu nome é Cintia como Fasso pata faser uma visita ao abrigo e realizar uma adoção
O Abrigo foi derrubado cara Cintia. Agora resta uma praça reformada, mas sem comércio e sem vida na noite do Centro Histórico da cidade.
Ola me chamo Cintia gostaria de saber como Fasso para faser uma visita ao abrigo e realizar uma adoção
AS doações podem ser feitas na Igreja do Carmo, no caso de obras em beneficio da Igreja. Aconselhamos a buscar maiores informações presencialmente na Igreja do Carmo, na Praça João Lisboa.
ABRIGOFÓBICOS EM PÂNICO: JP TURISMO COLOCA OS PINGOS NOS Is.
Excelente reportagem – artigo com força, CORAGEM e talento de um EDITORIAL a favor da RAZÃO, da diversidade CULTURAL e da JUSTIÇA SOCIAL.
Facebook Ronald Almeida. 15set2p20.
JORNAL PEQUENO TURISMO E O ABRIGO DE BARES DO LARGO DO CARMO: Uma visão completa sobre a triste mas utilíssima polêmica da disputa das torcidas entre os ABRIGÓFILOS X ABRIGOFÓBICOS.
Ou seja: uma disputa ferrenha e antiga sobre a proposta iconoclasta de demolição do ABRIGO NOVO (o dito velho já foi triturado há mais de 50 anos) ou de sua manutenção com novo layout arquitetônico e funcional.
Mais tarde completo meus comentários sobre este belo material (texto e fotos) do respeitado e atuante JP TURISMO.. Boa leitura para todos.
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Ronald Almeida SLZ-MA 15set2020.