Foi uma mudança do óleo para a água, a postura dos dirigentes da Flor do Samba, em 2014, em cima do falecimento de Chico Coimbra, quando, com lágrimas de crocodilo, anunciaram aos quatro cantos que o famoso carnavalesco seria o enredo da agremiação do Bairro do Desterro, logo no carnaval de 2015, e foi só jogar conversa fora da bacia, pois, somente, agora, seis anos após, o atual presidente, Luís César Maia (Lulu da Flor), anunciou para os quatro cantos de São Luís que o saudoso conterrâneo terá sua vida e obra, em samba-enredo e no desfile na Passarela do Samba do Anel Viário, que, aliás, leva o nome dele. Foi logo após a apuração das notas dos quesitos, no concurso deste ano, em que a Flor do Samba, mais uma vez, como acontecera em 2016, levantou a taça de campeã com 10 de ponta a ponta.
Em conversa com alguns dirigentes, antes e depois do resultado, fomos inteirados de que, nos últimos anos, os trabalhos na tradicional Escola de Samba do Desterro começam muito cedo, em reuniões do carnavalesco e a diretoria, e assim os fins exitosos justificam os meios de harmonizar a competência de cada peça no desenvolvimento do objetivo traçado e comum. De modo que, nos últimos carnavais, se a Flor do Samba colecionou muitos vice-campeonatos, os dirigentes estão contabilizando a culpa para certos jurados, pois ela vem fazendo o dever de casa, qual aconteceu, em 2016, quando, na exibição da homenagem ao Laborarte (Laboratório de Expressões Artísticas), faturou a nota máxima de cabo a rabo, e não levou o troféu logo para a sede, pois teve seu abre-alas com a passagem impedida por guindaste que içava destaques aos carros alegóricos, quando perdeu oito pontos, e caiu para o sexto lugar, e anos depois resgatou o título, com o reconhecimento das coirmãs de que a culpa do atraso não fora dela.
O estilista maranhense Francisco de Sousa Coimbra Neto, o Chico Coimbra, faleceu a 7 de fevereiro de 2014, após estar internado desde o dia 25 de janeiro, no Hospital do Servidor, em São Luís, quando enfrentou complicações renais, que levaram a uma infecção urinária e hepatite viral C crônica, aos 65 anos de idade. Chico Coimbra era conhecido nacionalmente por seu trabalho com fibra de buriti, e suas peças artesanais e exclusivas, produzidas no Maranhão.
À comunidade do Desterro e a todos os apoiadores da Flor do Samba, fica a homenagem do JP Turismo pelo trabalho realizado com excelência, e o reconhecimento dado em forma de notas 10, no carnaval deste ano, e pela escolha de Chico Coimbra para seu enredo de 2021!