Hoje, 08 de março, o mundo celebra o Dia Internacional da Mulher, dia esse que devemos nos voltar para fazermos uma análise especial sobre a importância, a estima e o apreço que a figura feminina desempenha no meio social, sobretudo no mundo do trabalho.
Atualmente mais da metade da força de trabalho disponível no mercado pertence às mulheres, uma parcela que se mantém em ordem crescente e que pode ser melhor aproveitada se o Brasil adotasse todas as medidas necessárias para atingir o compromisso assumido pelo G20 – do qual o país é membro -, de reduzir, até 2025, a taxa de desigualdade na participação das mulheres no campo de trabalho.
Na política, o país já vem se destacando com crescimento modesto, mas progressivo da presença feminina. Outra área que também se expande, porém ainda carente de políticas sócias mais fortes e eficazes, é a economia. Nesta área, a mulher ainda é remunerada com valores que são a metade dos ganhos salariais dos homens para o desempenho das mesmas funções.
Aqui há fatores ancestrais que impedem a equiparação de salários e de gênero que têm desfavorecido as mulheres. Fatores que dificultam a inserção em todos os ramos dos negócios, que ainda são vistos como campos de domínio masculino. Paradigma que o mundo corporativo precisa remover para garantir o acesso de talentos imprescindíveis ao crescimento da nação.
Segundo o Secretário de Estado do Trabalho, Jowberth Alves, o acesso das mulheres a atividades remuneradas e a redução das lacunas de gênero no mundo do trabalho são fatores predominantes para o desenvolvimento econômico do país, assim também como, estratégia para o enfrentamento da crise financeira atual, uma vez que elas estão em maior número e cada vez mais atuante em diversas áreas.
“A igualdade de gênero é um fator crucial para um melhor aproveitamento da força de trabalho ativa, e consequentemente alcançar o desenvolvimento econômico que se almeja. É necessário valorizar mais a mão de obra feminina; isso se justifica porque as mulheres têm investido mais em qualificação profissional. Segundo aponta dados do IBGE, 23,5% das mulheres com 25 anos ou mais possuem ensino superior completo, enquanto apenas 20,7% dos homens têm graduação, isso quer dizer que se o Brasil não fizer bom proveito da mão de obra feminina poderá atrasar o crescimento do país”, pontua Jowberth.
Ações de educação transversal para mais respeito e credibilidade do potencial feminino, são indispensáveis para um melhor aproveitamento dos talentos que uma mulher pode conduzir. Elas estão em ascensão, e isso é uma realidade cada vez mais afirmada no cotidiano. São maioria no ambiente escolar e com índice de evasão menor que os homens. Fatores estes que afirmam os dados da pesquisa que o secretário citou, sobre a participação da mulher no campo acadêmico. Tudo isto tem reflexos na vida profissional.
Com dedicação a mais nos estudos do que os homens, as mulheres têm atraído destaque em diversos ramos de atuação, a exemplo disso ocorreu recentemente no campo da pesquisa com o sequenciamento genético do Coronavírus, liderado pelas cientistas brasileiras, Ester Sabino e Jaqueline Gois, gerando orgulho ao Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP).
TEXTO: Fátima Bogarim