Há quase 40 anos o mês vocacional foi instituído no Brasil com o objetivo de celebrar e homenagear as vocações. Portanto, é importante que tenhamos, para cada grupo específico de vocações, um olhar todo especial.
Segundo o Papa Francisco “Se nos deixarmos arrastar pelo pensamento das responsabilidades que nos esperam – na vida matrimonial ou no ministério sacerdotal – ou das adversidades que surgirão, bem depressa desviaremos o olhar de Jesus e, como Pedro, arriscamo-nos a afundar. Pelo contrário a fé permite-nos, apesar das nossas fragilidades e limitações, caminhar ao encontro do Senhor Ressuscitado e vencer as próprias tempestades. Pois Ele estende-nos a mão, quando, por cansaço ou medo, corremos o risco de afundar e dá-nos o ardor necessário para viver a nossa vocação com alegria e entusiasmo”
Neste sentido, falar das vocações, enquanto membro ativo no projeto de Deus, é se permitir estar imbuída desse amor Divino para viver a experiência desse chamado, quer seja na constituição familiar ou em uma pastoral específica.
Sentir-se à vontade para relatar ações nos âmbitos citados anteriormente é mencionar quatro palavras chaves: gratidão, tribulação, coragem e louvor, proferidas pelo Papa Francisco aos católicos em sua mensagem ao mês vocacional 2020.
No cenário contemporâneo a vida nos permite viver situações que precisam ir ao encontro de muitos questionamentos . Como esposa, mãe e filha vivo a experiência da vocação por ser uma opção de vida, ser mãe. Constituir uma família é fruto de amor, dedicação doação e às vezes até a renúncia que vai de encontro às necessidades do outro numa entrega profunda de estar ao serviço do mais necessitado. Na família, precisa ter e sentir esse sentimento de pertença e entrega. Isso é projeto de Deus. A tribulação existe, mas a coragem, deve sim, permear e superar as adversidades e é somente através do louvor a Deus que buscamos a solução, tendo como suporte a espiritualidade que, através da vocação, temos a certeza desse chamado para avançar para as “águas mais profundas” que o grande amor do maior pedagogo de todos os tempos: Jesus Cristo nos ensina ate hoje..
É preciso acordar e perceber que somente o amor constrói e não constituímos nada se vivermos no isolamento em um mundo restrito aos nossos olhos.
Precisamos ir além do núcleo familiar que nos faz viver um amor individualista com uma camada protetora unicamente numa simbiosidade sanguínea.
Precisamos viver em comunidades pastorais para estar à serviço dos irmãos. Daí destaco um breve relato o que é, e como senti essa vocação enquanto missão. A experiência em uma Pastoral de Juventude é ter a capacidade de enxergar novos horizontes e principalmente ousadia. A juventude nos ensina com sua irreverência que o mundo só precisa de atitudes e ações concretas que frutifiquem e gerem novas vidas e vida com abundância e muita alegria. Isso eu tenho aprendido com a vivência com a Juventude Doroteana do Colégio Santa Teresa.
Gratidão a Deus eleva a alma e me faz acreditar que só o amor transforma. Isso é cuidar da casa comum. E deve ser o projeto de vida mais promissor para a humanidade. Viver e aprender o dom da escuta, do silêncio e da oração.
Tenho aprendido nos meus 17 anos de entrega à missão com as Doroteias. Muito obrigada, ao Colégio santa Teresa pela oportunidade de crescimento acadêmico e principalmente espiritual.
Maria dos Remédios Vieira – Pedagoga – UEVA, professora especializada em Educação Infantil – UEMA, coordenadora da Pastoral da Juventude Doroteana, membro do Grupo de Pesquisa UFMA-GEPIB (Grupo de Estudos e Pesquisa da Infância e Brincadeira).
Sou testemunha dessa mulher guerreira e batalhadora, está sempre em busca de novos conhecimento. Transmite com muita clareza e satisfação seu aprendizado ao seu próximo, que Deus possa iluminar cada vez mais seus caminhos. Você foi uma luz na minha vida, obrigada😍 Gratidão💗💞