Corre a lenda que João do Vale se achava em São Luís, nas proximidades das comemorações do Aniversário de 350 Anos da Cidade, em 8 de setembro de 1962, quando a comissão organizadora palaciana se deu conta de que faltava a música do evento. Foram encontrá-lo na Rua 28 de Julho, devidamente, hospedado na ZBM, de onde, não se fazendo de rogado, ele saiu para contatar com seu amigo e compadre Lopes Bogéa para gestarem, na voz de Ari Lobo, gravado pela RCA Victor, o coco 350 Anos de São Luís. Que trio musical brasileiro!
Por essas e outras, seus fãs, dentre gestores, colegas músicos conterrâneos, populares, jornalistas, radialistas, escritores, tantos outros intelectuais, consagraram-no Poeta do Povo, Maranhense do Século 20 (no voto popular) e até O Gênio Improvável. A Escola de Samba Turma do Quinto o levou para o enredo Tanto Queima Como Atrasa (o popularizado Peguei o Trem em Teresina pra São Luís do Maranhão), no carnaval de 1983, da lavra dos compositores de mão-cheia da Gloriosa da Madre de Deus, Luiz Bulcão e Godão. Fez honra ao mérito para ser Teatro João do Vale, no Centro Histórico de São Luís, e Viaduto João do Vale, o mesmo Viaduto da Casa do Trabalhador, no Bairro do Calhau. João do Vale mais Coragem do que Homem (alusão à sua famosa canção Carcará), editado pela EdUFMA, é o livro-reportagem que mostra a trajetória de um dos maiores compositores populares do Brasil, desde sua infância pobre, em Pedreiras (MA), sua terra natal.
Agora, João do Vale é alvo de uma notícia colossal vindo de Pedreiras para alegrar todo o Maranhão e boa parte do Brasil: o Parque João Vale, espaço para concentração de cultura e aprendizados, movimentando o turismo na região do Médio Mearim. Os pedreirenses estão botando a boca no trombone, e com toda a razão: A cidade de Pedreiras ganhou, recentemente, mais um ponto turístico: o Parque João do Vale, homenageando este renomado artista maranhense. O novo espaço funciona como uma visita ao passado, estimulando conhecimentos e propiciando passeios incríveis com toda a família e amigos. Sua publicidade não erra o alvo: “É uma excelente dica para aliar relaxamento, diversão e aprendizagem sobre a vida e obra de um dos maiores artistas do País, João do Vale, que é natural de Pedreiras. Dessa forma, o Parque representa um espaço para o compartilhamento de saberes e lazer, servindo como ponto atrativo para o Brasil, já que conta a história singular e inspiradora desse maranhense. Na sua estrutura, o Museu resgata a trajetória do artista, e a Praça Musical foi nomeada de Pisa na Fulô, como uma homenagem a uma das músicas de João do Vale. Quem deseja passear pelas incríveis memórias e obras culturais de João do Vale terá experiências únicas ao caminhar pelo Parque. O lugar serve como ponto turístico para todo o Brasil, à medida que eterniza o trabalho e produção cultural do músico e compositor.
Parabéns, Pedreiras, Maranhão e Brasil! João do Vale continua nos alegrando muito com os seus merecidos sucessos!