Sou daqueles que acredita que as obras públicas poderiam ser menos onerosas para o contribuinte, se a elas fossem dados, pelo menos dois impedimentos; um de natureza temporal e outro de caráter econômico: o primeiro prende-se ao fato da impossibilidade da dilatação do prazo de entrega da obra e, o segundo, da total proibição da celebração de aditivos contratuais que alterem o preço pactuado. Calma, vou analisar o aspecto das intempéries, onde o contratado não deu causa ao fato, como as catástrofes, neste caso, uma corte especial instituída pelo estado, teria o condão de chancelar, ou não, o possível pedido, após parecer do tribunal de contas de cada estado.
Confesso que este comentário se originou ao passar pelo município de Paço do Lumiar e verificar que após quase dois anos de iniciada uma pequena rota de fuga, fundamental para desafogar o trânsito e o transporte entre as, (MAs) 202 e 203. Saindo do shopping Pátio Norte, Maiobão, com destino ao Cohatrac se arrasta inconclusa. Referida obra de menos de 1 km, tem como dificuldade uma passagem sobre o Rio Paciência, que impõe a construção de ponte de cerca de 100 metros.
Com a máxima vênia, esclareço que não afirmo ter sido ali aplicado os defeitos listados pelo missivista, como danosos ao erário, entretanto, torna-se quase indefensável, tamanho prazo para a completude daquela obra. Neste espaço temporal, a guisa de exemplo, o Assai construiu duas grandes lojas em nossa cidade e, o ágil Mateus, três. Como o mundo passa paulatinamente do controle dos mais fortes para o dos mais ágeis. Penso secretário, e exerço a condição de amigo, que melhor atenção precisa ser oferecida ao problema.
Renato Dionísio – Poeta, Compositor e produtor Cultural